Martín Anselmi fala sobre desafios no Porto

  1. Martín Anselmi é ex-treinador do FC Porto
  2. Porto não venceu no Mundial de Clubes
  3. Anselmi preocupou-se com o estado mental dos jogadores
  4. Luis Suárez correu 10 km contra o Porto

Martín Anselmi, o ex-treinador do FC Porto, decidiu falar pela primeira vez sobre a sua experiência à frente da equipa e os desafios que enfrentou. Durante uma entrevista ao podcast Clank!, Anselmi fez declarações impactantes que oferecem uma nova perspectiva sobre a sua breve passagem pelo emblema azul e branco.

Um dos pontos principais da conversa foi sobre o desempenho do Porto no Campeonato do Mundo de Clubes, onde a equipa não obteve nenhuma vitória, sendo eliminada logo na fase de grupos. Anselmi refletiu sobre a dificuldade da competição, afirmando: ““Sabíamos que o Mundial de Clubes era perigoso. O Mundial tem dessas coisas. Custou muito às equipas europeias ao início e, connosco, foi igual. Sabia que o primeiro jogo seria determinante. Mas também sabíamos que, com a situação em que estávamos, ia ser uma competição difícil para nós””.

O Desempenho no Mundial de Clubes

Anselmi expressou a sua preocupação com o estado mental dos seus jogadores, dizendo que “os jogadores precisavam de descansar a cabeça. E não estou a dar desculpas... Foi uma temporada dura. As pessoas vão começar a entender. Eu gosto de entender o que estou a fazer mal para poder melhorar. E acredito que, para poder melhorar, tens de olhar para ti mesmo e dizer 'é isto que estou a fazer mal'. É preciso essa humildade”.

Esta reflexão leva Anselmi a considerar o impacto da pressão sobre a equipa. Durante o seu tempo no Porto, sentiu que várias decisões foram tomadas sem a clareza necessária, o que dificultou a evolução do clube: ““Durante o processo FC Porto fizemos muita coisa sem clareza suficiente. Algo que, no contexto da Europa e do clube, faz com que seja difícil melhorar””.

A Derrota contra o Inter Miami

Um momento marcante do Mundial foi o jogo contra o Inter Miami, que terminou em derrota para a equipa portuguesa. Anselmi destacou um ponto crucial que acreditava que poderia ter sido a diferença: ““Onde é que errámos? O (Luis) Suárez correu 10 quilómetros e 800 metros nesse dia. Com a idade que tem e com tudo o que ganhou, nenhum jogador nosso percorreu essa distância””. Esta observação sublinha não apenas a falta de intensidade em comparação com os adversários, mas também a necessidade de uma abordagem renovada para treinos e preparação.

Esta experiência no Mundial de Clubes poderá servir como um alerta para futuras competições, pois Anselmi acredita que a intensidade e o empenho são cruciais para o sucesso. Ele sublinha a necessidade de melhorar a preparação física e mental da equipa para enfrentar desafios semelhantes no futuro.

A Questão da Infidelidade

Por último, Anselmi abordou as críticas que recebeu sobre ser infiel ao Cruz Azul, clube mexicano que deixou para assumir o comando do FC Porto. Ele respondeu a essa alegação com clareza: ““Penso que não. Teríamos de ver aqui a definição de infiel. Era um desafio que não podíamos rejeitar. Até posso ser o vilão por ter ido para o FC Porto, mas não podem falar sobre a forma como fui””.

A sua despedida do FC Porto permanece marcada por desafios e lições que, segundo ele, agora espera usar para qualquer futuro projecto que venha a abraçar. Anselmi parece estar determinado a aprender com cada experiência, focando-se no crescimento pessoal e profissional.

César Peixoto elogia adaptação da equipa na vitória do Gil Vicente na Choupana

  1. Vitória foi muito difícil, num campo tradicionalmente difícil
  2. Hoje, com o vento, a relva seca e um bocadinho alta, era difícil pormos em prática o que queremos
  3. A equipa soube adaptar-se e ser madura, teve uma alma tremenda
  4. Amarrámos a organização, conseguimos suster o Nacional e depois gerir, num jogo que não foi bem jogado. Acabámos por vencer bem, mas podíamos ter feito mais um golo

Gil Vicente inicia I Liga com vitória por 2-0 sobre o Nacional

  1. Gil Vicente venceu o Nacional por 2-0 na Choupana.
  2. Pablo, filho de Pena, marcou o primeiro golo aos 35 minutos.
  3. César Peixoto: “Estivemos sempre muito bem organizados, com uns a trabalhar em função dos outros”.
  4. Gil Vicente já tinha vencido o Nacional por 3-0 no mesmo estádio na época passada.