FC Porto: Farioli não faz antevisão por Jorge Costa

  1. Treinador não faz antevisão
  2. Falecimento do diretor Jorge Costa
  3. Francisco Moura lesionado
  4. Luuk de Jong juntou-se ao plantel

Francesco Farioli, o treinador do FC Porto, decidiu não realizar a antevisão do jogo contra o V. Guimarães por respeito ao falecido diretor Jorge Costa. A decisão reflete a tristeza que paira sobre a equipa e a profunda dedicação ao ex-capitão. O FC Porto anunciou na sexta-feira que “devido ao trágico acontecimento do falecimento do nosso diretor Jorge Costa” não haverá conferência de Imprensa prévia ao encontro que marca o arranque do campeonato. Farioli fará apenas uma curta declaração aos meios do clube na véspera do jogo: “Eu disse ‘Tal como no Ajax, aqui, tenho um plantel jovem, quase não há trintões. Tal como no Ajax, preciso de líderes’.” No entanto, a adaptação na equipa é inevitável.

Alterações na Defesa

A estratégia de Farioli implica também alterações na linha defensiva, onde o habitual titular, Francisco Moura, está de fora por lesão. Este jogador sofreu uma lesão no ligamento colateral interno do joelho esquerdo no dia 22 de julho, o que faz com que a sua recuperação seja lenta e o leve a falhar o início de campeonato. “O plantel voltou na sexta-feira ao Olival... Zaidu é o único lateral esquerdo de raiz que sobra, mas a escolha do treinador para essa posição deve recair em Martim Fernandes.” A decisão de promulgar Martim Fernandes como lateral esquerdo reflete a confiança do treinador no jovem de 19 anos, desviado da direita.

Chegada de Luuk de Jong

Na frente de ataque, a chegada de Luuk de Jong vem adicionar mais qualidade ao plantel. O avançado neerlandês expressou a sua motivação para mudar-se para o FC Porto, admitindo: “Procurava mais uma grande aventura, se tivesse de resumi-lo numa frase. Um regresso, espero eu, à vida de que tanto desfrutei, quando joguei por Barcelona e Sevilla.” A decisão de assinar pelo FC Porto foi influenciada por um telefonema de Farioli.

“Ele ligou-me na última semana de julho, para falar comigo em nome do FC Porto. Eu fiquei surpreendido. Ele disse 'Tal como no Ajax, aqui, tenho um plantel jovem, quase não há trintões. Tal como no Ajax, preciso de líderes'.” De Jong também expressou a importância da dinâmica de grupo e da criação de um ambiente familiar fora do campo. “Ele vê a equipa como uma família. Acredita que, enquanto treinador, também tem de criar um ambiente fora do futebol. Por vezes, organizando uma saída em grupo ou algo assim. Isso agrada-me.”

Concorrência e Experiência

Sobre a concorrência dentro do plantel, De Jong é claro em relação à sua idade e experiência: “Nesta fase da minha carreira, não é um problema. Em vez de correr sempre ao máximo, durante 90 minutos, podes correr ao máximo, durante 60 minutos. Ou até dar tudo durante 30 minutos, quando entras como suplente.” O clima de respeito e luto por Jorge Costa permeia todo o ambiente, especialmente após a trágica perda que abalou a estrutura do clube.

Naquela semana, o estamento desportivo assistiu a um triunfo sobre o Atlético de Madrid, mas a alegria foi rapidamente ofuscada pela dor da perda. “Na altura, foi pura alegria, no estádio, mas, três dias depois, estás de pé no mesmo local, ao lado do caixão onde ele jazia.” Luuk de Jong detalhou como ele e a equipa prestaram homenagem ao antigo ídolo.

Homenagem a Jorge Costa

“Nós passámos por lá, na quarta-feira, para prestar a nossa última homenagem, enquanto equipa, e também fomos ao funeral, na igreja. Foi muito intenso e triste. Ele era um ídolo do clube, com apenas 53 anos, e sentiu-se mal quando trabalhava no nosso centro de treinos.” Como a temporada se desenrola, o FC Porto procura não apenas se ajustar a percalços, mas também honrar a memória de Jorge Costa, que será lembrado de forma permanente no Dragão, com uma bandeira que simboliza o legado do ídolo.

“A bandeira que acompanhou o eterno capitão durante todas as cerimónias de homenagem, que cobriu a urna, por exemplo, ficará agora, permanentemente, no estádio do Dragão.” As mudanças na equipe, as novas contratações e a dor pela perda de Jorge Costa moldarão a trajetória do FC Porto nesta nova temporada, que se antecipa complexa e cheia de desafios.