A seleção canadiana de futebol enfrenta um revés significativo na Gold Cup 2025, uma vez que Stephen Eustáquio, um dos seus principais jogadores, não se juntará à equipa para as fases finais do torneio. Jesse Marsch, treinador da seleção, expressou a sua insatisfação em relação a esta situação durante uma conferência de imprensa, destacando o que descreveu como um mau manejo por parte do FC Porto.
“Falámos sobre o timing e as possibilidades - Mundial de Clubes - antes de nos juntarmos em junho e o Stephen mostrou vontade de se juntar à equipa depois de terminar a prestação pelo FC Porto. Foi por isso que um dos lugares do lote de 26 ficou reservado para ele”, explicou Marsch.
Decisão Controversa do FC Porto
A decisão do FC Porto de não liberar Eustáquio levanta questões sobre a comunicação entre o clube e a seleção. O treinador canadiano revelou que a equipa tinha feito planos considerando a eliminação do Porto na competição, que não ocorreu como esperado. “O FC Porto não se apresentou no Mundial na forma que esperavam e há algum pânico internamente no clube. Penso que ele se queria juntar a nós, mas foi pressionado. Vão começar a pré-época mais cedo do que era suposto e recusaram libertá-lo. Ao contrário do que disseram antes do Mundial”, afirmou Marsch.
A frustração é palpável, especialmente quando se considera a importância de Eustáquio para a equipa. Marsch lamentou a ausência do jogador, destacando: “No final de contas, eu sei que ele nos ajudaria neste jogo com a sua experiência e a forma como percebe como controlar o jogo, mas também acho que foi muito importante para os jogadores mais jovens e para o desenvolvimento do plantel”.
Impacto na Competição
A falta de um dos capitães pode afetar o desempenho da seleção nas fases finais do torneio. “Sendo sincero, não temos metade do nosso grupo. Não é uma desculpa. Sinto que é um grupo muito bom e que é importante desenvolver mais jogadores nesta equipa e ver até onde podíamos chegar”, afirmou Jesse Marsch, revelando uma combinação de otimismo e descontentamento.
Ele também reconheceu que a recente eliminação do Canadá nos quartos de final trouxe desafios adicionais, expressando o seu desejo de que a equipa aprenda com essas experiências: “Esta derrota é muito difícil de engolir. O jogo de terceiro e quarto lugar no ano passado, jogámos muito bem e foi difícil de engolir, em março frente ao México foi a mesma coisa... temos de aprender a melhorar e vencer nos momentos importantes”.
Olhar para o Futuro
Para os adeptos e para a equipa técnica, o que resta da Gold Cup 2025 é uma luta para se ajustar sem um pilar tão vital como Eustáquio. A expectativa é que os jovens jogadores consigam desenvolver-se durante a competição, mas a sombria ausência do experiente jogador é sentida.