Nuno Lobo voltou, esta terça-feira, a tecer fortes críticas a André Villas-Boas, que viveu um primeiro ano de mandato como presidente do FC Porto para esquecer, com apenas a conquista da Supertaça na época 2024/25. “André, onde está o murro na mesa? Após as humilhações sofridas nas competições internas saímos da maior Competição do Mundo novamente humilhados. Milhões perdidos e o desprestígio contínuo do nosso emblema. Até agora o único MURRO que tem dado é nos adeptos do FC Porto. Vergonhoso,” pode ler-se na publicação feita pelo antigo candidato à presidência do emblemático clube azul e branco na rede social X.

Ao longo da temporada, Nuno Lobo contestou as decisões tomadas e a falta de resultados desportivos, não apenas no futebol. Um dos pontos criticados por Lobo foi o desempenho do FC Porto nas competições internas e externas. Além da desilusão interna, com o 3.º lugar obtido na I Liga, os dragões estiveram aquém das expetativas no Mundial de Clubes, nos Estados Unidos. A equipa de Martín Anselmi ficou pela fase de grupos da competição, com apenas dois pontos somados no Grupo A. O empate (4-4) diante do Al-Ahly aumentou ainda mais a contestação à estrutura diretiva do clube nortenho, que mantém, ao que tudo indica, confiança no técnico argentino, que soma mais jogos sem vencer (seis empates e cinco derrotas) do que vitórias (dez).

Críticas à Direção

As vozes de contestação ao trabalho de Anselmi multiplicam-se. José Fernando Rio, antigo candidato à presidência do FC Porto, abordou em exclusivo ao Desporto ao Minuto a continuidade do treinador, referindo que não acredita que haja condições para o argentino continuar na próxima temporada. “A equipa não melhorou com o Martín Anselmi. A ideia de jogo não se percebe ou não foi implementada. Não há intensidade, não há fio de jogo, não há nada. Falta tudo, falta FC Porto. Por isso, acho muito difícil que Anselmi tenha a capacidade de dar a volta por cima a esta situação. Temo que estes seis meses de Martín Anselmi, assim como os seis meses de Vítor Bruno, sejam para deitar ao lixo,” afirmou.

A insatisfação entre os adeptos e ex-candidatos à presidência revela um clima de descontentamento que ameaça a continuidade e estabilidade do clube. A pressão sobre a direção parece crescente, à medida que os resultados não surgem e a confiança na equipa técnica diminui. A crítica não se limita apenas ao treinador, mas também se estende à gestão e direção do clube.

Expectativas e Futuro

O futuro do FC Porto permanece incerto, com fortes apelos por uma mudança na abordagem da direção. Os adeptos esperam ansiosamente por uma resposta clara da liderança do clube sobre os próximos passos, especialmente em relação ao treinador. A possibilidade de uma reestruturação pode ser necessária para restaurar a confiança da base de adeptos e a reputação do emblema.

Enquanto isso, a equipa continua a lutar para recuperar a forma e a atitude que caracterizavam o clube. Com desafios à frente, a pressão para que os resultados apareçam é extremamente alta, e a capacidade de reação da equipa e da direção será fundamental para a recuperação da época.

A Insatisfação dos Adeptos

Os adeptos do FC Porto expressam cada vez mais o seu descontentamento, seja através de manifestações públicas ou em redes sociais. O apoio à equipa tem vindo a diminuir, refletindo as preocupações sobre a atual direcção e a falta de um projeto claro. O apoio incondicional sempre foi uma das marcas dos adeptos, mas o sentimento atual é de frustração.

Enquanto a situação continua a evoluir, a direção e a equipa técnica encontram-se sob um olhar atento. O sucesso futuro do FC Porto pode depender de decisões rápidas e eficazes, bem como de um reencontro com a identidade que fez do clube um dos maiores de Portugal.