Vitinha: De desafios em Inglaterra a promissor no PSG

  1. Vitinha no Wolverhampton em 2020/21
  2. 711 minutos em 22 jogos
  3. Cedido pelo FC Porto
  4. Grande aspiração de brilhar na Europa

A passagem de Vitinha pelo Wolverhampton foi marcada por dificuldades, mas também por otimismo e ambição. O jogador, que atualmente se destaca no PSG, tinha sonhos elevados durante a sua experiência em Inglaterra.

Romain Saiss recordou que, na época de 2020/21, “Tecnicamente, o Vitinha já estava confortável. Hoje, resiste nos duelos. Na altura, muito menos. Tem um jogo um pouco parecido com o de Marco Verratti, com três ou quatro toques antes de soltar a bola. Se não resistes fisicamente em Inglaterra, és atropelado. E os árbitros nem sempre te ajudam. Era isso que lhe faltava, mesmo nos treinos. Ele dava um toque a mais e bum! Mas ele não se escondia do trabalho”.

Dificuldades e Expectativas

Vitinha, cedido pelo FC Porto ao Wolverhampton, somou apenas 711 minutos em 22 jogos e, apesar do seu talento, ficou aquém das expectativas. Marçal, outro colega de equipa, também recorda como o treinador Nuno Espírito Santo tinha uma abordagem exigente com o médio.

“O treinador foi difícil com ele. Apesar de ter feito coisas incríveis nos treinos, não o conseguiu convencer. Nuno Espírito Santo queria que Vitinha jogasse simples, que soltasse a bola mais rapidamente. Ele tentava cumprir, mas também não queria perder a sua identidade”, afirmou o lateral brasileiro.

Confiança em Tempos Difíceis

Uma conversa entre Marçal e Vitinha revela a elevada confiança do português, mesmo em tempos de adversidade. O lateral recordou: “Um dia, perguntei-lhe: 'O que é que achas que vais fazer na próxima época?' Ele estava emprestado pelo FC Porto, mas precisava de fazer 20 jogos como titular para serem obrigados a comprá-lo. Ele respondeu-me: 'Marçal, vou voltar para o FC Porto, parto tudo lá e, na época seguinte, vou para um dos oito melhores clubes da Europa'.”

Essa afirmação surpreendeu Marçal, que pensou para si mesmo: “Uau, o rapaz não joga no Wolverhampton e pensa que vai assinar pelo Manchester City ou por um clube desses? É um bocado maluco! Mas não, não era.”

Oportunidade na Europa

A visão ousada de Vitinha, que se assumiu como um dos médios mais promissores do futebol europeu, foi indicativa de sua determinação e de acreditar sempre nas suas capacidades, independentemente da situação em que se encontrava. Hoje, Vitinha volta a ter a oportunidade de brilhar, não apenas em Paris, mas também na Europa, numa fase crucial da Liga dos Campeões.

O médio espera que as suas aspirações se concretizem, após um início difícil, mas recheado de aprendizagem e crescimento durante a sua passagem por Inglaterra.