AG do FC Porto termina em violência e é adiada para novembro

  1. A AG do FC Porto foi marcada por confrontos físicos entre sócios e teve de ser interrompida
  2. André Villas-Boas criticou a falta de organização do evento e descreveu-o como um dos dias mais negros da história do clube
  3. Os trabalhos da AG foram adiados para o dia 20 de novembro, no Dragão Arena

A reunião magna, que tinha como objetivo alterar os estatutos do clube, começou com uma afluência muito acima do esperado. O auditório do Estádio do Dragão, com capacidade para cerca de 400 pessoas, rapidamente se revelou insuficiente perante as centenas de sócios que se juntaram nas imediações. A AG foi então transferida para o Dragão Arena, que tem capacidade para mais de 2000 pessoas em dias de jogo.

No entanto, dentro do pavilhão, os ânimos exaltaram-se e a violência irrompeu. O ambiente ficou tenso, com ameaças verbais e físicas entre os presentes. Vários vídeos amadores circularam nas redes sociais, mostrando episódios de agressões.

Perante o caos instalado, a decisão foi interromper os trabalhos e adiar a AG para o dia 20 de novembro, novamente no Dragão Arena.

Esta situação gerou críticas por parte de André Villas-Boas, potencial candidato à presidência do clube. Nas suas redes sociais, Villas-Boas descreveu o acontecimento como 'um dos dias mais negros da história do FC Porto' e afirmou que 'o clube precisa de se encontrar nos seus princípios, nos seus valores e nas suas bases'.

O FC Porto emitiu um comunicado a explicar o reagendamento da AG, sem especificar as razões. A nota oficial diz apenas que os trabalhos serão retomados no dia 20 de novembro, às 21h, no Dragão Arena.

A AG extraordinária tinha como objetivo deliberar sobre os novos estatutos do clube. Entre as mudanças em discussão estão a adoção do voto eletrónico e por correspondência, a alteração da filiação sénior mínima para concorrer à presidência e a proteção da maioria do capital social da SAD.