Polémico depoimento de Henrique Ramos interrompido no julgamento da Operação Pretoriano
O testemunho de Henrique Ramos, conhecido como 'Tagarela', foi hoje interrompido pela juíza Ana Dias Costa, que leu um depoimento anterior do assistente devido a 'contradições' encontradas, na terceira sessão do julgamento da Operação Pretoriano, no Tribunal de São João Novo, no Porto.
“Senhor Henrique Ramos, não está no café, não está num teatro”
, disparou a presidente do coletivo de juízes, que viria a adverti-lo por várias vezes, chegando a dizer-lhe para “calar a boca”
e cingir-se ao que lhe era perguntado.
Confrontado com declarações anteriores
“Este testemunho de Henrique Ramos, depois do presidente do FC Porto André Villas-Boas, chegou a ser interrompido pela procuradora do Ministério Público (MP), para o confrontar com declarações anteriores, em fase de instrução, por prestar novas afirmações consideradas contraditórias,”
revelou a juíza.
Apesar dos incidentes, “Tagarela”
confirmou ter sido ameaçado pelo arguido José Dias, que lhe terá dito que ia “ter uma prenda”
depois de discursar, outro, José Pedro Pereira, pontapeou-o, e ainda outro, Vítor 'Aleixo', o filho, cuspiu-o e ameaçou-o.
“A dado momento, quando Ramos respondia à procuradora, por requerimento da magistrada, considerando terem surgido
declarações discrepantes”
da versão que apresentou em sede de inquérito", a juíza leu o depoimento de fevereiro de 2024, para o confrontar.