Villas-Boas critica Super Dragões e anteriores órgãos sociais do FC Porto

  1. Villas-Boas criticou pagamentos de despesas pessoais aos Super Dragões.
  2. O FC Porto foi lesado em vários milhões de euros, segundo Villas-Boas.
  3. Villas-Boas mencionou mensagens agressivas em grupos de WhatsApp dos Super Dragões.
  4. O presidente do FC Porto destacou a importância da revisão estatutária.

O presidente do FC Porto, André Villas-Boas, foi ouvido esta quinta-feira no Tribunal de São João Novo, no âmbito da terceira sessão do julgamento da Operação Pretoriano. Na qualidade de representante legal da SAD portista no processo, Villas-Boas não poupou críticas aos Super Dragões e aos anteriores órgãos sociais do clube. Durante a sua intervenção, o líder dos dragões destacou várias irregularidades e abusos que, segundo ele, foram cometidos em prejuízo do clube. A sua declaração no tribunal trouxe à luz do dia questões que têm vindo a gerar controvérsia no seio da comunidade portista.

Críticas aos Super Dragões

Villas-Boas foi incisivo nas suas críticas aos Super Dragões, afirmando que “não é normal que o clube pague despesas pessoais de viagens a elementos da direção dos Super Dragões. Era um privilégio e um abuso que o FC Porto não tinha de suportar”. O presidente do FC Porto destacou ainda que “na nossa auditoria, aliás, foram detetadas várias ilegalidades. O protocolo com os Super Dragões foi revisto, não havia controlo nenhum e o FC Porto foi lesado em vários milhões de euros”. O líder dos dragões também se referiu às mensagens que circulavam em grupos de WhatsApp dos Super Dragões, mencionando que “fomos acedendo a informações que circulavam através de grupos e núcleos dos Super Dragões no WhatsApp que estavam a captar cartões de sócios para que não sócios pudessem aceder à AG, mas não posso confirmar veracidade das mesmas. Eram mensagens de elevado nível de agressividade”.

Assembleia Geral de novembro de 2023

Villas-Boas também abordou a Assembleia Geral de novembro de 2023, marcada por agressões. “Ninguém gosta de ver os associados do FC Porto a terem comportamentos intimidatórios para com outros associados. Os órgãos sociais do FC Porto ficaram inertes perante o que estavam a ver. A certo ponto, tinha de ser chamada a polícia e essa responsabilidade cabia ao presidente da AG. Pedi ao meu advogado para chamar a polícia mais do que uma vez pelos relatos que vinham chegando”, disse. O presidente do FC Porto explicou ainda a sua presença na Assembleia Geral, afirmando que “não estive na AG extraordinária, apenas na fila de acreditação. Não cheguei a entrar. Quando chego ao Dragão sou convidado por associados para juntar-me à fila, dá-se compasso de espera para decisão sobre mudança de local”.

Revisão Estatutária e Eleições

Por fim, Villas-Boas falou sobre a possibilidade de adiamento das eleições e a importância da revisão estatutária. “Estava em causa a mudança dos estatutos a seis ou sete meses das eleições, até podia implicar esticar no tempo a data das eleições. Se tivesse votado era contra a alteração dos estatutos”, afirmou. O líder dos dragões destacou ainda que “todas as AG extraordinárias relativamente à alteração de estatutos são importantes, houve um grande movimento orgânico dos sócios, os estatutos são a lei fundamental de um clube, há uma grande mobilização”.