No julgamento da Operação Pretoriano, Fernando Saul, antigo funcionário do FC Porto, negou veementemente ter agredido Henrique Ramos, apesar de reconhecer ter enviado mensagens intimidatórias: “É verdade que o tenha escrito. É mentira que o tenha agredido. Perguntaram-me quando lhe batia. Ali, para não me chatearem mais, disse que fiz uma coisa que não fiz.”
Confrontado com a alegação de ter dito que Ramos “ia levar tudo nos cornos”
, Saul esclareceu: “Tudo era referente a Henrique Ramos, mas não a incitar à violência, e que essa mensagem foi muito antes.”
Sócio do FC Porto confessou agressão
Já Vítor 'Aleixo' filho, sócio do FC Porto desde o nascimento, confessou ter agredido um indivíduo durante a assembleia-geral tumultuosa: “Mal vi isso, a minha reação foi descer. Dei-lhe um soco, o homem caiu. Levantou-se e vinha para cima outra vez e foi quando o afastei com o pé.”
Aleixo justificou a necessidade de trocar de roupa durante a AG, uma vez que as suas peças estavam sujas de sangue: “Um amigo disse-me que estava cheio de sangue. A minha mãe disse-me que a polícia me ia levar. Então, um amigo deu-me uma camisola e um gorro. Depois vi que as calças tinham sangue e também troquei.”
Alegações de plano coordenado negadas
Apesar das confissões de violência, tanto Saul como Aleixo negaram qualquer envolvimento num plano coordenado para controlar a assembleia-geral a favor da liderança de Pinto da Costa. No entanto, Saul admitiu ter alertado os responsáveis do clube para a possibilidade de desacatos, dada a elevada afluência
e ânimos muito exaltados
que antecipava.