Entrada forte dos minhotos
O Sp. Braga entrou determinado no encontro e, durante a primeira metade do jogo, conseguiu assumir o controlo do mesmo, com uma exibição muito organizada e com grande qualidade a nível tático. O treinador Carlos Carvalhal delineou um plano de jogo que se revelou eficaz e que deixou o adversário bastante desorientado.
Desde muito cedo, os arsenalistas conseguiram neutralizar as principais armas do FC Porto. O técnico minhoto entregou a marcação dos três centrais portistas a El Ouazzani, o que deixou espaço para Ricardo Horta e Gorby atuarem com maior liberdade no meio-campo. João Moutinho, por seu lado, mostrou-se muito influente, enchendo o campo e controlando o jogo.
Golo de Ricardo Horta
Aos 17 minutos, Ricardo Horta inaugurou o marcador, numa jogada na qual as movimentações de João Moutinho e Paulo Oliveira foram decisivas, deixando Diogo Costa indeciso sobre a trajetória da bola. O golo acentuou a desorientação do FC Porto, que viu três jogadores serem admoestados com cartão amarelo ainda na primeira parte.
«Tivemos uma entrada muito forte, creio que 30 a 35 minutos de domínio acentuado da nossa parte e conseguimos fazer um golo nesse período. O FC Porto reagiu, aliás historicamente sabemos que os seus melhores períodos esta época têm sido na segunda parte. Fizemos um apelo aos jogadores para entrarmos forte e foi isso que fizemos. Controlámos o jogo, mas o adversário obrigou-nos a baixar um pouco o bloco. Contudo, isso permitiu-nos criar mais espaço para mais transições. A vitória não sofre contestação e fomos justos vencedores», afirmou Carlos Carvalhal no final do encontro.
Triunfo merecido do Sp. Braga
Apesar de ter sentido algumas dificuldades no último quarto de hora da primeira parte, o Sp. Braga recuperou no intervalo e voltou a dominar na segunda metade do jogo. Já o FC Porto, ao qual faltaram ideias e intensidade, optou por uma abordagem mais direta e previsível, com as substituições feitas por Martín Anselmi a não surtir o efeito pretendido.
Carvalhal, por seu lado, fez apenas duas alterações, colocando Racic e Patrão em campo, e conseguiu manter a sua equipa organizada até ao final, obrigando Diogo Costa a uma grande defesa já nos minutos finais.
«Os jogadores hoje estão cada vez mais capacitados e a equipa está cada vez mais adulta, embora haja muita juventude, que joga como adultos. É caso do Chissuma, do Hornicek e agora do Patrão, que joga nos sub-19. Nota-se cada vez mais evolução, a equipa está a interpretar cada vez melhor os tempos do jogo», elogiou o treinador do Sp. Braga.