Empate 'agrídoce' para o Sporting
O clássico entre Sporting e FC Porto, referente à 22ª e última jornada da fase regular do campeonato nacional de andebol, terminou em igualdade a 30-30, num encontro que deixou o treinador da equipa da casa, Ricardo Costa, com um sentimento agridoce.
Apesar de os leões se manterem invictos no seu pavilhão há 43 jogos e de terem tido oportunidade de garantir a vitória, algumas falhas técnicas acabaram por ditar o empate. «Tivemos ligeiras desconcentrações que, a este nível, se pagam caro. Obviamente, hoje não sairíamos daqui campeões, também não saímos derrotados, mas terminámos com um sentimento agre e doce porque desejávamos ter ganho e penso que fizemos tudo para o conseguir», lamentou o técnico.
Vantagem desperdiçada
De facto, o Sporting esteve a vencer por quatro golos de diferença em duas ocasiões durante a primeira parte, chegando ao intervalo a vencer por 17-16. No segundo tempo, a equipa da casa voltou a abrir uma vantagem de 29-25 a cerca de seis minutos do final, mas não a conseguiu segurar até ao final. Dois golos do FC Porto empataram a partida, com o resultado a ficar fixado em 30-30.
«Dominámos o jogo todo, andámos sempre na frente, com quatro golos de vantagem, mas, por alguma razão, perdemos sempre essa vantagem. Tínhamos nas mãos a vitória e oferecemos o empate. É difícil de digerir, mas temos de seguir em frente», prosseguiu Ricardo Costa.
Três equipas empatadas no topo
Apesar da frustração, o empate deixa o Sporting na liderança, juntamente com FC Porto e Benfica, todos com 60 pontos. Os leões têm, no entanto, um jogo em atraso, tal como os dragões, o que lhes dá a possibilidade de se isolar no topo da classificação.
O técnico do FC Porto, Magnus Andersson, não compareceu na conferência de imprensa após o encontro. Já o seu homólogo nos leões, Ricardo Costa, assumiu que a equipa cometeu «erros não forçados» que ditaram o desfecho final, mas garantiu que «temos de ter controlo sobre as nossas ações e parte emocional, que foi decisiva na parte final».
Apesar da desilusão, o treinador do Sporting lembrou que «o campeonato está desenhado para se decidir na fase final, em que temos de entrar como na Liga dos Campeões, onde todas as partidas são para vencer». E concluiu: «Fomos bravos, tivemos muitos momentos bons, os guarda-redes ajudaram e marcámos 30 golos ao FC Porto, que é sempre uma equipa difícil de ultrapassar».
