Anselmi entende reação dos adeptos portistas
Após o empate diante do Vitória de Guimarães, no qual o FC Porto sofreu um golo nos instantes finais, Martín Anselmi sentiu alguma insatisfação dos adeptos portistas. No entanto, o treinador argentino reconhece essa reação e garante que entende o sentimento dos apoiantes do clube.
«Também disse que, antes de ser treinador, fui adepto. Sei o que é ir ver o nosso clube a outro país, ir apoiar, chorar pela nossa equipa, o ganhar, o perder. Os adeptos, no geral, são o mais importante que há no futebol. Sem eles, não existiria o futebol. Há jogadores, os treinadores saem. Mas sem gente que consuma o futebol, não há futebol. Entendo-os e respeito-os muito», afirmou Anselmi.
Necessidade de aprender a gerir vantagens
O técnico dos dragões admite que o FC Porto precisa de «aprender a resolver os jogos», reconhecendo que a equipa ainda não consegue gerir da melhor forma a vantagem quando está a vencer. Após o triunfo por 1-0 sobre o Maccabi Haifa, na Sérvia, ou o resultado positivo diante do Farense, o FC Porto não conseguiu evitar a sofrida conquista dos três pontos.
«Parece que fazemos tudo bem, mas, se fizéssemos, ganhávamos todos os jogos. Temos muitas coisas para melhorar, é a análise que faço. Tem a ver com espaços, pressão e há que entender como defender com a bola, controlar o jogo com a bola para poder ter uma vantagem maior para acabar melhor os jogos. Se tenho a bola, não vão empatar», explicou Anselmi.
Anselmi quer manter identidade do jogo
Apesar dos resultados menos positivos, o treinador dos dragões garante que não irá alterar o sistema de jogo da equipa apenas por exigência de resultados, recusando adaptar-se apenas aos números.
«Como terminou o FC Porto na temporada passada? E agora porque me contrataram a mim?», questionou Anselmi, deixando a entender que a ideia de jogo que pretende implementar é a indicada para o clube.
Foco no ataque, mas com solidez defensiva
No entanto, o técnico reconhece que há aspetos a melhorar na consistência defensiva da equipa, que tem sofrido oito golos em sete jogos sob o seu comando. Ainda assim, Anselmi não considera esse o seu maior foco: «Não é a minha maior preocupação. Quero marcar golos. Mas se me deixa muito feliz não sofrer golos? Parece-me que, para uma equipa ser campeã, é preciso sofrer poucos golos.»