Umaro Embaló, jovem extremo guineense de 24 anos, tem sido um dos protagonistas da época no futebol português. O jogador do Vitória de Guimarães marcou um golo decisivo diante do FC Porto no Estádio do Dragão, garantindo o empate para a sua equipa.
Este foi o segundo golo de Embaló na Liga, depois de ter apontado um tento ao serviço do Rio Ave contra o Sporting. O percurso do jogador até este momento de destaque passou por uma década desde a sua chegada a Portugal, onde começou a jogar no Oeiras.
A descoberta do talento de Embaló
«Mal vi o Umaro, percebi que era uma bomba. Assim que foi inscrito, fez logo um golo contra o Belenenses nos primeiros minutos. O Umaro rebentava com os adversários e poucos jogos depois, foi para o Benfica. Mesmo contra o Benfica, ele partia tudo. Não era normal», recordou Roberto Rocha, treinador que orientou Embaló no Oeiras.
De facto, Embaló destacou-se na formação do Benfica, onde foi campeão nacional em vários escalões. Chegou a ser comparado a Di María pela sua técnica e inteligência de jogo, características que já evidenciava aos 13 anos, segundo o antigo treinador.
O potencial reconhecido desde cedo
«Foi dos melhores jogadores que vi em treino. No primeiro treino fizemos um exercício de quatro contra dois e lembro-me de ele marcar quatro golos nos primeiros quatro remates. Marcava golos de formas distintas», lembrou Rocha. «Ele sempre jogou como extremo direito para usar o pé esquerdo. A alcunha dele era Di María por ser esguio e jogar com o pé esquerdo. A grande vantagem que ele tinha na altura era a finta de corpo, a forma como enganava os adversários e procurava tabelar com os companheiros.»
A procura da estabilidade
Após sair do Benfica em 2022, Embaló assinou pelo Fortuna Sittard e fez uma época nos Países Baixos, antes de passar por empréstimos a Cartagena, Rio Ave e, agora, Vitória de Guimarães. O antigo treinador acredita que o jogador precisa de estabilidade num clube que aposte nele para conseguir confirmar o potencial que lhe era reconhecido na formação.
«Acredito que o Luís Freire está a dar a mão ao Umaro. Contratou-o para o Rio Ave e foi buscá-lo novamente para o Vitória. O Umaro precisa de estabilidade num clube onde apostem nele. Ele tem velocidade, drible e golo, mas precisa de ter continuidade. Só assim o seu rendimento vai aumentar», concluiu Rocha.