Crescimento no número de árbitros a nível nacional
Segundo dados revelados pelo presidente cessante do Conselho de Arbitragem da FPF, José Fontelas Gomes, a instituição conseguiu aumentar o número de árbitros em todo o país, apesar do impacto da pandemia de covid-19. Iniciaram o percurso com 3.710 árbitros e, após um período de adaptação, conseguiram atrair mais jovens para a arbitragem, terminando a época 2023/24 com 5.521 profissionais em atividade no futebol, futsal e futebol de praia.
«Este número [total global de 5.521], que representa um aumento de 41% de árbitros e de 126% de árbitras, não responde ainda a todas as necessidades do setor, mas a curva de crescimento ilustra o sucesso, por um lado, da campanha 'Vem arbitrar' [criada em 2023] e, por outro, da competência e colaboração inestimável dos 22 CA distritais e regionais, que mostraram compromisso tantas vezes e por várias formas», vincou Fontelas Gomes.
Evolução por modalidade
Analisando por modalidades, o futebol subiu de 3.000 para 4.386 árbitros entre 2016/17 e 2023/24, o futsal passou de 926 para 1.499 e o futebol de praia de 61 para 157. Nas vertentes femininas, o futebol cresceu de 213 para 466, o futsal evoluiu de 107 para 251 e o futebol de praia passou de apenas 1 para 19 árbitras.
O crescimento no número de árbitros e árbitras apenas foi interrompido em duas épocas, de 2017/18 para 2018/19 e de 2019/20 para 2020/21, sendo que o total de "juízes" passou de 3.400 para 4.806 homens e de 303 para 685 mulheres.
Progressão nos quadros internacionais
O presidente cessante do CA da FPF destacou ainda a subida do número de árbitros internacionais, que em 2025 são 56 nas três modalidades controladas pelo organismo. Portugal passou de dois elementos no grupo de Elite da UEFA para cerca de 10, sendo atualmente seis árbitros nesse grupo de Elite: três no futsal e três no futebol (duas árbitras e um árbitro).
«Essa evolução permitiu ao país subir no ranking da FIFA em número de vagas para internacionais, passando do 10.º para o terceiro lugar mundial e do sexto para o segundo lugar na Europa.»
Acompanhamento da evolução tecnológica
Fontelas Gomes salientou ainda que a arbitragem nacional acompanhou os avanços tecnológicos, com a introdução do VAR, do suporte de vídeo, das linhas automáticas de fora de jogo e do anúncio das decisões ao público, como exemplos de um ajustamento da arbitragem ao desporto-espetáculo e um passo rumo a um futebol com mais verdade.
«Esse objetivo foi acompanhado por um aumento de 292% nas horas de formação, de 1.705 em 2016 para 6.027 em 2024, e pelo projeto-piloto de profissionalização das árbitras de futebol, que conferiu a seis mulheres as mesmas condições técnicas, de infraestruturas e remuneratórias dos colegas homens em dezembro de 2023, passando a oito em 2024.»
