O falecimento de Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto, motivou uma reação crítica do ex-diretor de comunicação do clube, Manuel Marques. Em declarações públicas, Marques condenou o "silêncio" do Benfica e Sporting sobre a morte de Pinto da Costa, considerando-o ilustrativo da "subalternidade" dos rivais de Lisboa perante o clube do norte.
No entanto, Marques poupou ainda mais duras críticas à atual direção do FC Porto, liderada por Villas-Boas. O ex-dirigente acusou o atual presidente do clube de ter insinuado diversas vezes que Pinto da Costa "roubou" o FC Porto, para agora vir "encher a boca com palavras bonitas" sobre o antigo presidente.
Acusações contra a atual direção do FC Porto
Segundo Marques, desde que assumiu funções, a direção de Villas-Boas "hostilizou" Pinto da Costa, não o convidando sequer para eventos como a cerimónia de hastear da bandeira no aniversário do clube. Marques acusa ainda a comunicação do FC Porto de ter mentido, ao afirmar que os órgãos sociais foram convidados para o funeral, quando Pinto da Costa, que integrava o Conselho Superior, não o foi.
As críticas mais duras de Marques prendem-se com a forma como a atual direção tem lidado com a auditoria às contas do clube. O ex-dirigente garante que o dinheiro gasto por Pinto da Costa e outros administradores em "férias" e "joias" era, na verdade, salário e complementos salariais, algo que era prática comum no FC Porto e até sugerido pela Deloitte em 2010. Marques acusa Villas-Boas e a atual direção de estarem a "mentir aos sócios" sobre este assunto.
Defesa do legado de Pinto da Costa
«Aquele dinheiro era salário e com o salário cada um de nós faz o que muito bem entende. Sim, salário puro e duro, salário de JNPC, salário dos restantes administradores, salário de todos os quadros médios-altos do FC Porto», esclarece Marques, garantindo que o pagamento de complementos salariais (DRPs) continua em vigor no clube.
O ex-diretor de comunicação promete continuar a defender o legado de Pinto da Costa "com verdade, com respeito, com admiração" e a apontar o dedo a quem procure "denegrir o melhor de todos nós".