As eleições da passada sexta-feira para a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) confirmaram a vitória antecipada da Lista 1, encabeçada por Pedro Proença. O ainda presidente da Liga Portugal obteve 62 votos, correspondendo a 75% do universo eleitoral.
O processo eleitoral contou com a participação de um total de 84 delegados, representando todo o espectro do futebol português - desde as 22 associações de futebol do país, à Liga Portugal, aos sindicatos/associações de classe (árbitros, jogadores, treinadores, médicos, enfermeiros e dirigentes), bem como clubes e sociedades desportivas de competições profissionais, não profissionais e distritais. Foram ainda representados jogadores, treinadores e árbitros, tanto a nível profissional como amador. Portanto, contrariamente a algumas acusações, todo o futebol português teve voz e peso na decisão final.
Críticas à campanha da oposição
No entanto, a campanha da lista derrotada foi alvo de críticas por parte do antigo árbitro Duarte Gomes. Segundo o comentador, a estratégia adotada pela oposição, com "armas sistematicamente apontadas ao adversário, levantando suspeitas graves", apelidando o candidato vencedor de "cataventos" e recorrendo a "meia dúzia de pistoleiros para fazer propaganda difamatória diária", revelou "medo", "desespero" e uma "espécie de vale-tudo" para tentar "beliscar a honra e a credibilidade" do opositor. Para Duarte Gomes, esta foi uma "linha estratégica patética, triste" que perdeu a "oportunidade única de concorrer com elegância, urbanismo, civismo".
Reações à morte de Pinto da Costa
Já a morte de Jorge Nuno Pinto da Costa, aos 87 anos, vítima de cancro, gerou reações controversas. Duarte Gomes confessou ter "vergonha de coisas" que leu e ouviu, considerando "inenarrável" a "alegria ou felicidade plena" demonstrada por algumas pessoas neste momento. O comentador defende que, mesmo que alguém não goste ou até odeie o falecido, "mostrar alegria ou felicidade plena nesse momento é de uma falta de humanidade medonha, um traço de malícia que assusta qualquer pessoa decente". Para Duarte Gomes, o "silêncio" ou a "indiferença" seriam uma posição "elegante e compreensível", em vez de "troçar, ridicularizar ou afirmar-se feliz pela partida de outro ser humano".