A Agência Internacional de Integridade do Atletismo (ITA) revelou que a contra-análise (amostra B) realizada a pedido do jogador de andebol Miguel Martins não confirmou o resultado positivo da primeira amostra (amostra A) recolhida durante o Campeonato da Europa de 2024, que apontava para a presença de testosterona exógena, um esteroide anabolizante androgénico.
Em consequência, a ITA informou que «o jogador foi informado que a suspensão provisória de que foi alvo, por alegada violação das regras de antidopagem, foi retirada face ao resultado da contra-análise. O jogador está autorizado a regressar à competição e aos treinos com efeitos imediatos».
Investigação interna do laboratório
De acordo com a entidade, o laboratório credenciado da Agência Mundial Antidopagem (AMA) que recolheu as amostras «irá proceder a uma investigação interna para identificar as causas que levaram à discrepância nos resultados das amostras A e B» e que impediram Miguel Martins de participar no último Mundial de andebol.
«A ausência de Miguel Martins foi uma grande perda para a Seleção Nacional, que acabou por alcançar o melhor resultado de sempre em Mundiais, o 4º lugar, com Gustavo Capdeville a ser eleito MVP e Kiko Costa o melhor jogador jovem do torneio», refere o comunicado.
Reação da Federação Portuguesa de Andebol
Apesar de Miguel Martins estar agora autorizado a regressar à competição, a Federação Portuguesa de Andebol (FAP) advertiu que «se reserva no direito de adotar as medidas adequadas à proteção dos interesses do organismo», sem especificar quais.
Quando foi suspenso provisoriamente, Miguel Martins manifestou-se «profundamente chocado» e assegurou que tudo iria fazer para provar que agiu sempre de acordo com os valores do desporto. Agora, o internacional português pode voltar a jogar, mas a posição da FAP poderá trazer novos desenvolvimentos a este caso.