Contra-análise comprova inocência de Miguel Martins em caso de doping

  1. Miguel Martins foi provisoriamente suspenso por alegada violação das regras de antidopagem
  2. Contra-análise realizada a pedido do jogador não confirmou resultado da amostra A
  3. Laboratório irá investigar causas da discrepância nos resultados
  4. Jogador está autorizado a regressar à competição e aos treinos

A Unidade de Integridade do Atletismo (ITA) revelou que o laboratório credenciado da Agência Mundial Antidopagem (AMA) que coletou a primeira amostra (A) de Miguel Martins, durante o Euro2024 em janeiro de 2024, comunicou que a contra-análise (B), realizada a pedido do jogador, «não confirmou o resultado da amostra A», que indicava a presença de testosterona exógena, um esteroide anabolizante androgénico.

«O jogador foi informado que a suspensão provisória de que foi alvo, por alegada violação das regras de antidopagem, foi retirada face ao resultado da contra-análise. O jogador está autorizado a regressar à competição e aos treinos com efeitos imediatos», refere a nota da ITA.

De acordo com a entidade, o referido laboratório «irá proceder a uma investigação interna para identificar as causas que levaram à discrepância nos resultados das amostras A e B» e que impediram Miguel Martins de participar no último Mundial de andebol.

Na altura em que foi suspenso provisoriamente, Miguel Martins manifestou-se «profundamente chocado» e assegurou que tudo iria fazer para provar que agiu sempre de acordo com os valores do desporto. Agora, o internacional português pode voltar à competição, depois de a contra-análise ter contrariado o resultado inicial do teste.

Apesar do levantamento da suspensão, a Federação de Andebol de Portugal (FAP) advertiu que se reserva «no direito de adotar as medidas adequadas à proteção dos interesses» do organismo, sem especificar quais serão essas medidas.