O empate (1-1) do FC Porto com a Roma, no Dragão, deixa os dragões com esperança de se qualificarem para os "oitavos" da Liga Europa. Este resultado deveu-se em grande parte à melhoria notória da equipa na segunda parte do encontro.
Em declarações à "FOX Sports" após o jogo, o jogador Nehuén Pérez revelou que um dos fatores-chave para essa subida de rendimento foram as palavras que o treinador Martín Anselmi dirigiu aos jogadores durante o intervalo. Nessa conversa, Anselmi pediu à equipa "valentia para assumir o controlo do jogo", uma vez que ainda restavam 45 minutos para tentar igualar o golo da Roma.
A "alma de dragão" na segunda parte
Fiel às ideias que tem transmitido, o treinador argentino exigiu também que os jogadores colocassem em campo a "identidade que é imagem de marca do clube", nomeadamente em grandes duelos europeus. Daí o apelo à "coragem e ousadia", que acabaram por ficar refletidas no desempenho da segunda parte e no resultado final.
Na conferência de Imprensa pós-jogo, Anselmi garantiu mesmo ter ficado "muito satisfeito" com a capacidade de reação demonstrada pelos dragões.
A aptidão para reagir a resultados adversos
Aliás, se há algo pelo qual o FC Porto de Anselmi tem primado é precisamente a aptidão para reagir a resultados adversos. Os azuis e brancos estiveram a perder contra Rio Ave, Sporting e Roma, mas conseguiram empatar na segunda parte desses jogos.
Porém, esses encontros, assim como o de Belgrado, com o Maccabi, mostraram um FC Porto "tímido e inconsequente nas primeiras partes", um problema que, de resto, é anterior a Anselmi - os dragões não marcam na primeira parte há nove jogos.
Números comprovam a melhoria na segunda parte
Analisando os dados recolhidos por O JOGO, verifica-se que o FC Porto rema mais e melhor depois do intervalo. Em simultâneo, somam mais recuperações de bola e, mesmo travando mais duelos, são capazes de aumentar a taxa de sucesso nesse item.
Sinais que comprovam que o FC Porto entra nas etapas complementares de "cabeça limpa". O próximo passo, conforme Anselmi já vincou, implica antecipar essa ligação à corrente, para evitar que "correr atrás do prejuízo se cimente como hábito".