O Porto à procura do equilíbrio e da glória de outrora

  1. O FC Porto tenta encontrar o equilíbrio e a glória do passado
  2. Adeptos divididos entre apoio a Villas-Boas e exigência de resultados
  3. Novo treinador Martín Anselmi gera desconfiança entre os adeptos

Turbulência no Dragão

Não são tempos fáceis que se vivem para os lados do Dragão. No percurso sinuoso com demasiadas pedras pelo caminho, o FC Porto continua a palmilhar espaços e direções na busca de encontrar o equilíbrio e a glória de outrora.

Hoje a artéria das Antas ferve de expectativa e nervosismo. A poucas horas do apito inicial para o duelo entre FC Porto e Roma, a contar para a primeira mão do playoff de acesso aos oitavos de final da Liga Europa, os arredores do Estádio do Dragão são um misto de ansiedade e incerteza.

Adeptos divididos

Os cânticos das claques ecoam, cachecóis são erguidos ao vento, e o sentimento geral entre os adeptos é claro: a paixão continua inabalável, mas a paciência começa a ceder. Com a época a avançar e os resultados positivos a tardar, a contestação tem feito parte da realidade do clube.

"O Villas-Boas é um de nós, sente o clube e quer fazer diferente. Mas isto é o FC Porto, e aqui não há paciência para períodos de transição longos. Precisamos de ganhar, ponto final", disse Tiago Silva, sócio desde a infância e presença assídua no Dragão.

"A aposta na formação é bonita, mas não chega. Precisamos de um plantel competitivo para ganhar agora, não daqui a três anos. Se queremos jogar com mecos, basta trazer os que usam no Olival para treinar", acrescentou Ricardo Teixeira, outro adepto portista.

Mudanças necessárias

Após a mudança profunda, que tirou do 'trono' Jorge Nuno Pinto da Costa, ao final de 42 anos na liderança, o caminho da reestrutura está a revelar-se muito complicado. André Villas-Boas, que assumiu a presidência do clube há quase um ano, sente já, de muito perto (e com alguma intensidade) o peso da exigência portista.

"Acabou o marasmo. Ele está a tentar reorganizar o clube, equilibrar as contas, modernizar a SAD. A nível financeiro já se vê a luz ao fundo do túnel e acredito que quando isso estabilizar vamos conseguir construir uma equipa estrondosa", salientou Miguel Soares, adepto otimista com as mudanças.

Martín Anselmi sob pressão

Se Villas-Boas ainda tem o benefício da dúvida para alguns, o novo treinador, Martín Anselmi, a viver na sombra das memórias de Sérgio Conceição, está longe de conquistar consenso.

"É um tiro no escuro. Pode ser um novo Abel Ferreira ou pode ser um novo Ruben Amorim, nunca se sabe... Mas para já, o futebol que jogamos não me convence. Nem percebo nada do que ele faz com a equipa... aquela forma de jogar... nunca vi", desabafou José Ferreira, sócio há mais de quatro décadas.

Dragão exigente mas unido

Enquanto as discussões continuam, o frenesim atinge outro nível. Os autocarros do FC Porto e da Roma acabaram de chegar ao estádio. Dezenas de adeptos reúnem-se para receber os jogadores portistas entre aplausos, cânticos e alguns petardos.

"O Dragão é impaciente, exigente, implacável. Mas acima de tudo, é leal. Entre reticências sobre o arranque de Villas-Boas, incerteza sobre Anselmi e frustração com os resultados, há algo que nunca muda: a união dos adeptos em torno do clube", concluiu o texto.

Sporting CP vs. Gil Vicente: Vitória Imperativa Antes do Dérbi

  1. Sporting CP defronta o Gil Vicente em Alvalade na 32.ª jornada da Liga.
  2. Jogo crucial para as aspirações ao título do Sporting CP antes do dérbi com o Benfica.
  3. Sporting CP não pode contar com Diomande (suspenso) e Nuno Santos, Daniel Bragança e João Simões (lesionados).
  4. Morten Hjulmand e Matheus Reis em dúvida para o dérbi.

Sporting-Gil Vicente: Vitória Crucial Antes do Dérbi

  1. Sporting recebe o Gil Vicente antes do dérbi com o Benfica.
  2. Rui Borges: “Não vale a pena olhar para o passado e para o futuro. É olhar para o presente e focar no Gil Vicente.”
  3. César Peixoto: “Temos que ser inteligentes e aproveitar os espaços que achamos que vão existir.”
  4. Peixoto sobre Gyokeres: “Acho que tem que ser um trabalho coletivo, sinceramente. Se for individual, um para um, é difícil.”