Angelino Ferreira, atual presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar do FC Porto, veio a público desmentir as declarações feitas por Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente honorário do clube, sobre a apresentação de faturas à SAD do FC Porto após ter deixado o cargo de administrador.
Num comunicado a que o jornal Record teve acesso, Angelino Ferreira afirma que «é totalmente falsa a afirmação contida no comunicado difundido pelo Sr. Jorge Nuno Pinto da Costa no passado dia 9 de fevereiro, de que, depois de abandonar o cargo, tenha apresentado qualquer fatura ao FC Porto.» Segundo Ferreira, tal comportamento «teria sido intrinsecamente contrário aos valores de rigor, de transparência e de defesa dos interesses dos acionistas da FC Porto SAD que defendo.»
Valores morais e éticos
O antigo administrador financeiro da SAD do FC Porto e atual presidente do Conselho Fiscal e Disciplinar dos dragões acrescentou que «partilha valores morais e éticos que não se compadecem com a falta da verdade, com atropelos ao rigor e que sejam condescendentes com a existência de conflitos de interesses numa sociedade desportiva, pública e cotada em bolsa.»
Angelino Ferreira explicou ainda que, em março de 2014, por sua iniciativa, cessou as suas funções em todos os lugares de administração das sociedades que integram o grupo FC Porto, incluindo na FC Porto, SAD. Nessa data, foram-lhe pagos todos os valores relativos ao salário desse mês, dos proporcionais salariais previstos na lei, das gratificações (relativas à época de 2012/2013) e despesas de representação em dívida até àquela data, «todas suportadas na respetiva documentação justificativa, nos estritos termos das condições fixadas pela Comissão de Remunerações do FC Porto.»
Comunicado de Pinto da Costa
Recorde-se que, anteontem, Pinto da Costa emitiu um comunicado em que falou das despesas de representação detalhadas na recente auditoria forense ao FC Porto, levada a cabo pela direção de André Villas-Boas, e lançou um duro ataque a Angelino Ferreira, acusando-o de ter continuado a apresentar faturas para esgotar o saldo que deixou na SAD, por entender que tinha esse direito. Estas acusações são agora desmentidas pelo próprio Angelino Ferreira.