O FC Porto conseguiu fechar o primeiro semestre da época 2024/25 com um resultado líquido consolidado positivo de 334 mil euros, apesar de ter sido inferior ao período homólogo de 2023/24, que atingiu os 35,3 milhões de euros. Esta diferença deveu-se ao facto de o clube não ter participado na Liga dos Campeões nesta época.
Ainda assim, a Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do FC Porto conseguiu recuperar de forma significativa os seus capitais próprios, que atingiram um valor negativo de 47,3 milhões de euros no final de 2024, uma melhoria de 66,4 milhões de euros face a 30 de junho do ano passado. Esta recuperação deveu-se, essencialmente, à alienação de 18,5% das ações da Porto StadCo, correspondentes a 30% dos direitos económicos desta sociedade, por 65 milhões de euros, valor que pode atingir um máximo de 100 milhões de euros.
Redução da dívida financeira líquida
A dívida financeira líquida do Grupo era, em 31 de dezembro de 2024, de 250,9 milhões de euros, apenas 7 milhões de euros acima do valor apresentado a 30 de junho, apesar da emissão obrigacionista da Dragon Notes no montante de 115 milhões de euros e da nova emissão de obrigações de retalho, no mercado nacional, de 21 milhões de euros. Com esta reestruturação financeira, o Grupo conseguiu um aumento da maturidade média da dívida e uma redução do custo médio de financiamento, permitindo-lhe ainda reduzir o restante passivo, nomeadamente fornecedores, num total de 49,7 milhões de euros.
«O relatório financeiro semestral do FC Porto ainda não contempla as verbas referentes às vendas de Galeno (50 milhões de euros) para o Al Ahli e de Nico González (60 milhões de euros) para o Manchester City, que deverão ter um impacto positivo nos resultados da segunda metade da época», refere o comunicado do clube.
Marcos importantes para o FC Porto
Além dos resultados financeiros, o relatório destaca ainda alguns marcos importantes para o clube, como a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, a criação do futebol feminino com um jogo inaugural no Estádio do Dragão que contou com uma assistência recorde, a implementação de uma nova tecnologia NFC nos recintos desportivos e o lançamento do Portal da Transparência, uma plataforma pioneira no futebol português.
«Este relatório demonstra o esforço e o empenho da SAD do FC Porto em recuperar a sua situação financeira, ao mesmo tempo que continua a investir no desenvolvimento do clube em diversas áreas», afirmou o presidente da SAD, Pinto da Costa.