Pinto da Costa responde a críticas da atual administração do FC Porto

  1. Pinto da Costa afirma que deixou um estádio e pavilhão integralmente pagos
  2. Atual administração já encaixou 167 milhões de euros na primeira metade da época
  3. Pinto da Costa defende que não houve ilegalidades nas comissões das transferências

Após meses de silêncio, o presidente honorário do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, quebrou o silêncio com um comunicado divulgado esta segunda-feira, no qual visa diretamente a atual administração do clube liderada por André Villas-Boas.

Pinto da Costa, que dedicou longos anos ao serviço do FC Porto, explicou que manteve o silêncio perante os ataques que lhe foram dirigidos, de modo a preservar o bom nome do clube e não causar instabilidade. No entanto, afirmou que esse silêncio deixa de ser uma opção, uma vez que se torna "por demais evidente o objetivo de denegrir o caráter, o trabalho e o legado" de quem tanto fez pelo clube.

Situação financeira do clube


Pinto da Costa refutou várias acusações feitas à sua administração, nomeadamente a alegação de que deixou apenas 8 mil euros nos cofres do clube. O dirigente garantiu que isso é "nada de mais falso", afirmando que a atual administração já encaixou 167 milhões de euros na primeira metade da época, além de terem sido concretizadas novas parcerias, nomeadamente com a Ithaka, envolvendo uma verba de 65 milhões de euros.

Segundo Pinto da Costa, a sua administração deixou um estádio e um pavilhão integralmente pagos, bem como um centro de treinos e formação e um museu de última geração.

Críticas à auditoria forense


Quanto à auditoria forense exigida pelo atual presidente, Pinto da Costa lamentou que as conclusões tenham ido "ao encontro do que quem as encomendou pretendia", lançando "uma série de informações descontextualizadas".

O presidente honorário defendeu que "não se identificou qualquer ilegalidade ou discrepância relevante face à prática de clubes concorrentes" no que diz respeito às comissões envolvidas nas transferências, acrescentando que "a importância das comissões no sucesso de negócios que têm impacto desportivo não muda através de operações de cosmética".

Polémica com a venda de bilhetes


Sobre a polémica relacionada com a venda de bilhetes, Pinto da Costa afirmou que "não se pode imputar diretamente à anterior administração qualquer atuação à margem da lei", ressalvando que "dirigir um clube como o FC Porto não é fácil" e que "foi o modelo que liderei que permitiu ao FC Porto os inúmeros sucessos desportivos que lhe são reconhecidos".

Por fim, Pinto da Costa concluiu com um desejo: «Desejo um FC Porto ganhador, no futebol e em todas as modalidades, em Portugal e nas competições internacionais, no presente e no futuro, esteja quem estiver a dirigi-lo».