Após anos de investigação e acusações de burla qualificada, branqueamento de capitais, fraude fiscal e falsificação de documentos, César Boaventura foi condenado apenas a três anos de pena suspensa por fraude fiscal e dois crimes de falsificação de documentos. O Ministério Público inicialmente pedira 11 anos de prisão efetiva, alegando uma fraude fiscal de 3,2 milhões de euros, mas o tribunal concluiu que o valor real da fraude era de apenas 36 mil euros.
O empresário afirmou que sofreu «um dos maiores linchamentos públicos dos últimos anos», com a comunicação social a «alimentar-se da sua queda» e a «fabricar a imagem de um criminoso» antes mesmo de qualquer prova ou contraditório nos tribunais. Boaventura lamentou a «destruição da sua honra, da sua família e da sua paz», com pessoas a «apontar o dedo, a insultar, a condenar sem hesitação».
Apesar da decisão do tribunal, Boaventura questionou: «Quem julgará o linchamento público que sofri?» e pediu reflexão aos meios de comunicação social, afirmando que este caso deve servir de exemplo para que, no futuro, se «pense duas vezes antes de destruir uma vida com uma manchete precipitada».
Boaventura agradeceu o apoio da família e amigos durante este «caminho duro», afirmando que «a verdade prevaleceu, mas o preço foi alto».