Depois de anos de dificuldades, a Seleção Portuguesa de andebol está a escrever uma das suas melhores páginas de sempre. Quando Paulo Jorge Pereira assumiu o cargo de selecionador, em 2016, a equipa nem sequer conseguia qualificar-se para as principais competições internacionais, tendo chegado a falhar 14 fases finais consecutivas de Europeus e Mundiais.
Agora, cinco anos depois, a realidade é bem diferente. A Seleção não só conseguiu quebrar esse ciclo negativo, como tem vindo a surpreender cada vez mais, segundo o articulista, «ousa até espantar o mundo». A modalidade, que no início deste século estava em processo de autodestruição devido a conflitos entre liga e federação, mostra-se agora pujante, tanto a nível interno como a nível internacional.
Uma família que faz história
Esta equipa une atletas que passaram pelos anos mais difíceis do andebol português a outros que cresceram com a possibilidade de ambicionar mais. É uma «família» que não se cansa de fazer história, inspirada pela ligação sentimental ao guarda-redes Alfredo Quintana, que faleceu recentemente e se tornou uma espécie de guia espiritual para o grupo.
O selecionador Paulo Jorge Pereira é elogiado pela sua «liderança de mistura rara entre sobriedade e ambição». Apesar de reconhecer a dificuldade da meia-final com a Dinamarca, tricampeã mundial e detentora do título olímpico, o articulista acredita que a vitória é possível. Afinal, esta Seleção já não se limita a surpreender os portugueses, «ousa espantar o mundo».
Sonhos de grandeza
Fábio Magalhães, jogador da equipa, emociona-se ao lembrar Quintana e sonha em fazer história, tal como os «maiores» do andebol mundial.
Esta Seleção Portuguesa de andebol está a escrever uma das suas melhores páginas, quebrando um ciclo negativo e surpreendendo cada vez mais, tanto a nível nacional como internacional.