O futuro incerto do FC Porto após a saída de Villas-Boas

  1. A saída inesperada de André Villas-Boas do comando técnico do FC Porto
  2. O presidente Pinto da Costa acabou por dispensar o treinador
  3. O FC Porto está a negociar a contratação de Martín Anselmi, de 39 anos, com trabalho elogiado no México

A saída inesperada de André Villas-Boas do comando técnico do FC Porto deixa o clube num momento de incerteza quanto ao seu futuro imediato. Após uma temporada de transição marcada por alguns altos e baixos, o presidente Pinto da Costa acabou por dispensar o treinador, não lhe dando a oportunidade que concedeu a Rúben Amorim no Manchester United, de preparar os adeptos para tempos difíceis.

«Vítor Bruno nunca teve a oportunidade, como Rúben Amorim no Manchester United, de anunciar que tempos difíceis se aproximavam para o FC Porto. O treinador foi sacrificado como um cordeiro, para remissão de pecados, alguns dele, seguramente mais de quem o escolheu para comandar a equipa», escreveu o articulista.

A nova era de Pinto da Costa


A chegada de André Villas-Boas ao Dragão foi acompanhada de promessas de «transparência, esforço reconhecido para recuperar financeiramente o clube e a SAD, que caminhavam para o abismo, e uma nova e moderna comunicação». Ainda assim, «prevalece a sensação de recuperação do clube para a modernidade, apesar de alguns deslizes de linguagem e comportamento em momentos de tensão».

Porém, os primeiros tempos de Villas-Boas «nunca seriam fáceis». Mesmo assim, «este novo FC Porto já fez caminho, conquistando a Supertaça, sendo eliminado na Taça da Liga e na Taça de Portugal, lutando por continuar na Liga Europa e estando a quatro pontos do líder Sporting no campeonato, com menos um que o Benfica». Contudo, «este desempenho parece não ser suficiente para os adeptos e para o presidente, que acabou de despedir o treinador».

O futuro incerto


Agora, o FC Porto está a negociar a contratação de Martín Anselmi, de 39 anos, com trabalho elogiado no México, mas «sem experiência na Europa e, provavelmente, com desconhecimento da realidade portuguesa». Chegando, é, «no mínimo, mais um risco que Villas-Boas vai correr».

«A tempestade abateu-se sobre o FC Porto, desconhecendo-se se será passageira e trará um novo sol radioso ou terá proporções bíblicas e recuperará o escuro de noites quentes», concluiu o articulista.