Na sequência da auditoria forense realizada ao FC Porto, os casos identificados serão agora objeto de análise detalhada pelo departamento jurídico do clube. Este departamento determinará os passos legais a adotar no futuro, bem como as bases para que a SAD possa ser ressarcida pelos prejuízos causados pela anterior administração.
De acordo com o relatório da Deloitte, «os administradores ultrapassaram o 'plafond' em €420 mil nas 10 épocas analisadas». Foram ainda identificados gastos de 70 mil euros em joias e relojoaria, bem como €1,4 milhões em refeições sem justificação e viagens privadas.
Entre os pontos destacados na auditoria, encontram-se as despesas de representação dos administradores, que atingiram um montante de 3,6 milhões de euros e não estão em conformidade com o regulamento interno, além de €400 mil em custos fiscais associados. Adicionalmente, foram identificados o uso pessoal de viaturas, viagens no valor de €700 mil para destinos não relacionados com a atividade do clube, e despesas em refeições de montante equivalente. Todas estas situações serão escrutinadas pelos juristas do clube, juntamente com as comissões pagas a intermediários.
Relativamente ao caso dos Super Dragões e os prejuízos provocados pela claque, é importante referir que a juíza Ana Dias, do Tribunal Judicial do Porto, «aceitou o pedido de indemnização civil no valor de €5 milhões, apresentado pelo FC Porto contra os 12 arguidos no âmbito da Operação Pretoriano».