Galeno, o segundo melhor marcador do FC Porto na época em curso, atravessa uma rara fase de baixa influência no ataque da equipa. O extremo brasileiro, que já anotou 12 golos pelos dragões em 2024/25, somou diante do Sporting o sétimo jogo consecutivo sem marcar ou assistir, um jejum que não se verificava desde novembro de 2023.
A adaptação a um papel mais defensivo, com a lesão de Moura, afastou-o das zonas de finalização, mas não o travou ainda em agosto, quando anotou três golos a jogar no quarteto recuado. Agora, com o regresso ao Nacional marcado para este domingo, Galeno mira colocar ponto final à sua "seca" e relançar-se rumo aos holofotes.
Adaptação a lateral não afasta o avançado
O registo do camisola 13 não é alheio à utilização como lateral-esquerdo, posição em que se fixou com a lesão de Moura, mas, por outro lado, também não afasta os olhos do jogador das balizas adversárias. Nesse sentido, o internacional brasileiro está apostado em colocar ponto final na "seca" já este domingo, frente ao Nacional, no reatamento de um duelo de importância capital para a equipa de Vítor Bruno: em caso de vitória, o FC Porto assume a liderança isolada do campeonato.
«Se é verdade que a adaptação de Galeno tende a afastá-lo, de forma natural, das zonas de finalização, também é certo que, no arranque da temporada, não foi por isso que o extremo deixou de faturar», explica fonte próxima do clube.
Regresso aos golos esperado
Depois da reviravolta épica na Supertaça, o ala canarinho foi lateral contra Gil Vicente, Santa Clara, Rio Ave e Sporting (em Alvalade) e só na visita ao rival leonino ficou em branco. Algo que serve de cenário de inspiração para o jogador, de 27 anos, antes do regresso portista ao Funchal.
Galeno já anotou 12 golos esta época e está a quatro do máximo de carreira, obtido na temporada transata. Leva ainda três assistências.
Adaptação anterior em Braga
De resto, a última vez que Galeno esteve mais do que sete desafios seguidos sem qualquer participação direta em golo remonta à primeira metade de 2023 - aí, foram 11 partidas a seco.
«Primeiro com Rúben Amorim, mais tarde com Carlos Carvalhal, Galeno já tinha passado por um processo de adaptação semelhante como jogador do Braga. Nos arsenalistas, o internacional pelo escrete jogava num sistema de três centrais, o que deixava a ala esquerda toda por sua conta», lembrou a mesma fonte.
«Os jogadores têm de estar preparados, mas sei o que custa. Há jogadores a jogar a vida toda adaptados», afirmou, na altura, Rúben Amorim, atual técnico do Manchester United.