Pinto da Costa ausente por motivos de saúde
O antigo presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, não vai comparecer esta sexta-feira ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto para ser ouvido no processo Pretoriano. A informação de que o seu estado de saúde piorou foi dada pela sua mulher, e a juíza deu a diligência como sem efeito, avançou o 'Correio da Manhã'.
Segundo a esposa de Pinto da Costa, que enviou um e-mail ao tribunal, o estado de saúde do antigo dirigente 'azul e branco' impede-o de cumprir com o acordado, uma vez que se encontra incapacitado de escrever e de comparecer na diligência.
Operação Pretoriano
Pinto da Costa seria uma peça decisiva para o desfecho do julgamento da Operação Pretoriano, que envolve Fernando e Sandra Madureira. De acordo com o despacho do tribunal a que a Lusa teve acesso, a sessão de sexta-feira é «adiada 'sine die', sendo reagendada assim que a testemunha tenha recomendação ou autorização médica para o efeito».
Em dezembro de 2024, o tribunal decidiu levar a julgamento nos exatos termos da acusação os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, e Sandra Madureira, sua mulher e antiga vice-presidente daquela claque afeta ao FC Porto.
Acusação do Ministério Público
A acusação do Ministério Público (MP) denuncia uma eventual tentativa de os Super Dragões «criarem um clima de intimidação e medo» numa Assembleia Geral do FC Porto para que fosse aprovada uma revisão estatutária «do interesse da direção» do clube, então presidido por Pinto da Costa.
Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e três de atentado à liberdade de informação. Hugo Carneiro também está acusado de detenção de arma proibida, sendo que o MP requer penas acessórias de interdição de acesso a recintos desportivos entre um e cinco anos.