Mudança no método de votação
«É o momento mais importante da vida do clube», afirmou António Tavares, presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do FC Porto, na véspera da primeira reunião magna dos azuis e brancos desde que, em maio, André Villas-Boas e a atual Direção tomaram posse no clube. Com início agendado para as 10h30 - ainda que o necessário quórum só esteja previsto para as 11h00 - e três pontos em agenda, a grande novidade prende-se com a mudança no método de votação por parte dos sócios, que, em vez de o fazerem com o braço no ar, passam a colocar um boletim no interior de uma urna. O voto será, portanto, secreto.
«É um novo modelo, que vai permitir aos associados votarem ao longo da própria reunião, a exemplo do que acontece com Sporting e Benfica», explicou, a O JOGO, o líder da MAG. «A assembleia prossegue e termina quando o último associado votar. Aí, faz-se o escrutínio e anuncia-se o resultado», acrescentou.
Apoio ao processo de votação
De acordo com a informação fornecida pelo FC Porto, todos os sócios que pretendam deslocar-se à zona de votação terão apoio do staff presente no pavilhão e o horário para o efeito estender-se-á, de forma ininterrupta, até às 15h30. Mas há mais. «Vamos começar saudando todos os associados, apelando à mobilização e participação de todos, e vamos introduzir o hino do FC Porto na abertura da reunião magna», adiantou António Tavares ao nosso jornal.
Pontos em agenda
Seguir-se-á a apreciação e discussão do relatório de gestão e das contas individuais e consolidadas de 2023/24, assim como a deliberação sobre a constituição e dotação da Fundação FC Porto, uma das promessas eleitorais de Villas-Boas. O terceiro ponto consiste na apresentação de assuntos de interesse para o clube, onde os sócios que assim desejarem poderão pedir a palavra e dirigirem-se a uma zona de plenário.
Expectativa de tranquilidade
Em assembleias do passado recente, foi nessa altura que o clima aqueceu - em especial na AG de 13 de novembro de 2023 -, mas Tavares mostra «confiança absoluta na postura e civismo» dos sócios portistas. Nesse sentido, não está prevista a presença de agentes da Polícia de Segurança Pública no interior do Dragão Arena.
«Não quero a PSP nas instalações. Por ter corrido mal uma vez não quer dizer que se repita. Não tenho razão de queixa. Ainda agora houve Assembleia Geral da SAD e tudo correu na perfeição. É um momento para os portistas se exprimirem e usarem voz crítica. Enquanto representante dos sócios, estou empenhadíssimo em que as coisas corram bem. Queremos retirar alguma carga emocional que possa resistir do passado para que tudo corra pelo melhor», ressalvou o presidente da MAG, que, noutras declarações aos meios do clube antevê «uma jornada a favor do FC Porto». «No final dessa jornada, vai estar mais forte, mais resiliente e preparado para enfrentar os desafios, porque aqui só conhecemos uma palavra, que é vitória. Mais nada», rematou.