Operação visa garantir a sustentabilidade financeira do clube
A Sociedade Anónima Desportiva (SAD) do FC Porto vai avançar com uma nova emissão de obrigações destinada ao público em geral. A operação, denominada 'FC Porto SAD 2024-2027', decorre entre 18 e 29 de novembro e pretende captar até 30 milhões de euros, podendo o montante ser aumentado até 27 de novembro.
Trata-se de uma iniciativa importante para o clube, numa altura em que enfrenta desafios financeiros. Segundo o relatório e contas mais recente, o capital próprio da SAD portista era negativo em 230,6 milhões de euros a 30 de junho de 2024, estando a sociedade enquadrada na situação prevista no artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais.
Condições da emissão de obrigações
A nova emissão de obrigações apresenta uma taxa de juro fixa de 5,25% ao ano. A subscrição mínima é de 2.500 euros, correspondente a 500 obrigações com valor nominal de cinco euros cada.
Segundo o prospeto aprovado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), «as ordens de subscrição estarão sujeitas a critérios de alocação e rateio caso a procura exceda a oferta».
Apelo aos adeptos e sócios
José Pedro Pereira da Costa, administrador financeiro da SAD do FC Porto, explicou que se trata de «um empréstimo obrigacionista destinado a pequenos investidores», referindo que «não se trata de uma operação de refinanciamento de alguma operação anterior».
O administrador financeiro realçou a importância do envolvimento dos adeptos e sócios para o sucesso da operação: «Contamos com uma adesão grande por parte dos pequenos investidores, em particular dos sócios e adeptos, que poderão concretizar uma boa aplicação em comparação com as alternativas e ter o gosto adicional de ajudar o clube».
Pereira da Costa reiterou a relevância da iniciativa para os investidores e para o FC Porto: «É uma boa oportunidade para quem procura uma aplicação financeira atrativa e, ao mesmo tempo, quer apoiar o FC Porto numa fase em que estamos a trabalhar para garantir a sustentabilidade e o sucesso a longo prazo».