Resultados negativos afetam o clube portista
O FC Porto averbou um resultado líquido negativo de 2,434 milhões de euros (ME) nas contas do clube em 2023/24, aproximado aos prejuízos de 2,430 ME no exercício anterior, informou hoje o clube da I Liga de futebol.
Apesar dos rendimentos operacionais terem subido 14%, de 15,616 ME para 17,792 ME, os gastos aumentaram 10%, de 18,536 ME para 20,449 ME, não sendo suficiente para cobrir os custos.
Diminuição do ativo e do passivo
O ativo do clube diminuiu para 57,487 ME no período compreendido entre 01 de julho de 2023 e 30 de junho de 2024, contra os 68,023 ME de 2022/23. Já o passivo passou de 35,533 ME para 27,528 ME, atenuando os capitais próprios positivos, de 32,490 ME para 29,959 ME.
Mensagem do presidente André Villas-Boas
Numa mensagem publicada no documento, o presidente André Villas-Boas lembrou que estas contas "correspondem ao encerrar de um ciclo, sob responsabilidade da anterior direção" liderada por Pinto da Costa, que cessou funções em 07 de maio, após 42 anos e 15 mandatos consecutivos no cargo.
«Fruto de um ato eleitoral altamente participado, em que a escolha de um outro rumo para o clube foi muito clara, o FC Porto abre agora um renovado ciclo em que o sucesso desportivo, aliado à sua sustentabilidade financeira, é a prioridade. O controlo do clube por parte dos associados é algo inquestionável, assim como a manutenção do ecletismo que o caracteriza. Uma dedicação empenhada e o investimento numa gestão rigorosa, orientada para o sucesso desportivo, mas nunca perdendo de vista a sustentabilidade financeira, serão sempre o foco», reconheceu o líder máximo 'azul e branco'.
Novas perspetivas com a nova direção
Depois de terem sido empossados os novos corpos gerentes do clube e as administrações associadas ao seu universo empresarial, a direção de André Villas-Boas encetou de imediato um "aprofundado levantamento da realidade do FC Porto", algo que permitirá preparar os 'dragões' para a "alteração do seu paradigma de governança e gestão".
«Alicerçados numa nova governança, a adaptação a novos padrões de gestão, acompanhando as boas práticas e assegurando a transparência na sua atuação, permitirão quer aos seguidores do clube, nomeadamente os seus associados, quer aos restantes 'stakeholders' vir a reencontrar, num futuro próximo, um FC Porto liderante, para além do sucesso desportivo, também nos seus resultados económicos, sociais e financeiros», afiançou.