Derrota 'envergonhante' deixa Porto em crise
Não foram apenas os números da mais pesada goleada sofrida em 60 anos perante o maior rival, mas sobretudo a falta de atitude, agressividade e intensidade no clássico a abalar o universo portista. A ressaca do descalabro na Luz está ser dura e o descontentamento é geral, do presidente André Villas-Boas aos adeptos.
«É uma vergonha, uma falta de respeito para com os adeptos», afirmou Villas-Boas, segundo o jornal O JOGO, dirigindo-se diretamente ao balneário após o apito final para transmitir o seu descontentamento pela exibição e derrota que considerou inaceitáveis.
Confiança em Vítor Bruno mantém-se
Vítor Bruno foi apertado à chegada a Gaia e colocado em causa em diversas páginas na Internet associadas aos dragões, mas O JOGO sabe que o técnico mantém a total confiança por parte da estrutura azul e branca, não estando minimamente em causa a continuidade do projeto iniciado esta temporada.
«O grupo de trabalho levou o 'puxão de orelhas', sem entrar em diálogo», refere o jornal, acrescentando que Diogo Costa surgiu na zona mista a pedir desculpa aos adeptos e a prometer uma reação imediata.
Exige-se mudança de atitude nos grandes jogos
Exige-se no reino do dragão uma mudança de atitude, sobretudo nos jogos com adversários do mesmo "calibre" já que são as duas derrotas com os rivais de Lisboa a manchar aquele que podia ser um arranque de campeonato perfeito, mas que acabam por ditar os seis pontos de atraso para a liderança.
«Na Liga Europa a situação também não é a ideal, aumentando a pressão para o próximo ciclo competitivo, pós paragem», realça o jornal.
Adeptos exigem reação imediata
A chegada da equipa, após a derrota no clássico, foi agitada devido à presença de cerca de duas dezenas de adeptos no Olival que «insultaram a comitiva e exigiram uma mudança de atitude imediata perante as duas derrotas consecutivas», cenário pouco habitual para os portistas.
«À medida que foram saindo do centro de treinos nas suas viaturas, os jogadores não foram poupados das manifestações de desagrado por parte dos adeptos, com o epicentro dos protestos a ter o treinador como alvo», refere o jornal.
Pressão aumenta com jogos decisivos
E este começa logo com uma complicada deslocação a Moreira de Cónegos para a Taça de Portugal e uma viagem que pode ser decisiva à Bélgica para defrontar o Anderlecht.
«Consciente disso mesmo, André Villas-Boas não perdeu tempo - até por causa da partida dos internacionais - e nem esperou pelo apito final de João Pinheiro, dirigindo-se de imediato ao balneário da equipa na Luz para transmitir logo ali, de forma dura e veemente, o seu descontentamento», conclui o jornal.