Walter, avançado brasileiro de 35 anos que já passou por 18 clubes diferentes, vai representar agora o Rolim de Moura, equipa da segunda divisão do futebol do estado de Rondónia, no Brasil. O jogador, que teve a sua melhor passagem pelo FC Porto entre 2010 e 2012, revelou alguns arrependimentos da sua longa carreira.
Apesar de ter acumulado experiência em diversos campeonatos, Walter ainda sonha em jogar na Série B ou mesmo no Brasileirão nos próximos anos, acreditando que pode ainda emagrecer e melhorar o seu desempenho físico.
O arrependimento de ter saído do FC Porto
O meu maior arrependimento da carreira foi ter pedido para sair do FC Porto. Os portugueses são vingativos. Queriam-me lá e eu pedi para sair. Eles falaram: 'Se saíres, não voltas'. Não é à toa que fiquei com nove anos de contrato no FC Porto. O meu contrato acabou em 2019, assinei em 2010. E não voltei, mesmo a arrebentar aqui no Brasil. Não quiseram, contou Walter em entrevista ao Globoesporte.
O avançado chegou aos dragões em 2010, proveniente do Internacional, tendo regressado ao Brasil, por empréstimo, em 2012, para o Cruzeiro. Walter revelou ainda que esteve perto de ingressar no Flamengo em 2015, mas não houve acordo com o FC Porto.
As críticas ao seu peso
Walter abordou ainda os comentários feitos pela imprensa sobre o seu peso, afirmando que isso o incomodava. Alguns comentários da imprensa, a questionar o meu peso, incomodam-me. Julguem-me pelo desempenho. Vinha sempre a questão do peso. O Ronaldo falava: 'Cada golo que fazemos, são 5kg a menos. Quando jogava mal, eram 10 a mais'. Essas coisas incomodavam-me, mas procurava não ouvir, explicou.
O jogador brincou ainda que é mais difícil manter o peso em Curitiba, devido ao frio, do que em Goiânia, onde o calor ajuda a perder alguns quilos.
O conselho aos jovens jogadores
Walter alertou os jovens jogadores para a importância de estudarem, algo que ele próprio não fez quando saiu cedo de casa para jogar em Portugal. Todo o mundo quer ser jogador, mas não é fácil. Sai de casa cedo, deixa a família. Tem pressão, cobrança, saudade. Então eu falo para os meninos: estudem. Eu fui para Portugal e não sabia nem o que era a moeda, o euro. Perdi muito dinheiro com 'rolo' de empresário. Venda para lá, para cá. O dinheiro vivia na empresa dele. Depois que a gente foi abrir os olhos, aí já era tarde.