Arguidos da Operação Pretoriano interrogados em processo à porta fechada

  1. Fernando Madureira está em prisão preventiva há nove meses
  2. Acusação do MP denuncia tentativa de "criar clima de intimidação e medo" na AG do FC Porto de 13 de novembro de 2023
  3. Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto os restantes oito foram libertados
  4. Faixas de apoio a Fernando Madureira no exterior do tribunal: "Liberdade ao Macaco" e "Só os mais fortes sobrevivem, nós somos eternos"

A fase instrutória da Operação Pretoriano, que decorre a portas fechadas, arrancou esta segunda-feira com os interrogatórios de Fernando Madureira e Sandra Madureira, dois dos nove arguidos neste processo.

Fernando Madureira, que está em prisão preventiva há nove meses, chegou ao Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto por volta das 09:20, sob fortes medidas de segurança, e foi saudado por familiares. Já a sua mulher, Sandra Madureira, antiga vice-presidente dos Super Dragões, um dos grupos organizados de adeptos afetos ao FC Porto, entrou pela porta principal do tribunal, mas sem prestar declarações.

Interrogatórios decorrem em silêncio

Tanto Fernando Madureira como Sandra Madureira optaram por ficar em silêncio durante os seus interrogatórios, recusando-se a falar.

Esta fase instrutória, que visa decidir se o processo segue e em que moldes para julgamento, foi requerida por alguns dos arguidos e começou hoje depois de dois adiamentos devido a greve dos oficiais de justiça.

Arguidos acusados de criar "clima de intimidação"

Além de Fernando e Sandra Madureira, estão também entre os nove arguidos nesta operação Carlos Nunes, mais conhecido por 'Jamaica', José Pedro Pereira e Fernando Saul, ex-funcionário do clube 'azul e branco'. Seguem-se as audiências com estes outros arguidos.

Em causa está a designada Operação Pretoriano, cuja acusação do Ministério Público (MP) denuncia uma eventual tentativa de os Super Dragões "criarem um clima de intimidação e medo" numa Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve vários incidentes e agressões, para que fosse aprovada uma revisão estatutária "do interesse da direção" do clube, então liderada por Pinto da Costa.

Faixas de apoio a Fernando Madureira no exterior

Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto os restantes oito foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, apelidado de 'Polaco' e igualmente com ligações à claque.

No exterior do tribunal, foram colocadas duas faixas de apoio a Fernando Madureira: "Liberdade ao Macaco" e "Só os mais fortes sobrevivem, nós somos eternos".

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