Greve de funcionários judiciais atrasa sessão da Operação Pretoriano

  1. Sessão da Operação Pretoriano adiada devido a greve de oficiais de justiça
  2. Advogada de Fernando Saul admite complicação, mas diz que greve é legítima
  3. Acusação do MP denuncia tentativa de criar clima de intimidação na AG do FC Porto
  4. Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva

A sessão da 'Operação Pretoriano', marcada para a manhã desta sexta-feira, na qual iriam ser ouvidos Fernando Saul, Carlos Nunes 'Jamaica' e José Pereira, foi adiada devido à greve dos oficiais de justiça no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto.

Fernando e Sandra Madureira voltarão a tribunal na próxima segunda-feira depois de, na passada sexta-feira, as inquirições terem sido adiadas também devido à greve dos oficiais de justiça.

Direito legítimo à greve


Isto complica seriamente o trabalho da nossa defesa, mas os funcionários têm o direito de fazer greve. É legítimo, admitiu Cristiana Carvalho, advogada de Saul, em declarações aos jornalistas à saída do TIC, revelando que o interrogatório do seu cliente ainda não foi reagendado.

Acusação da Operação Pretoriano


Em causa está a designada Operação Pretoriano, cuja acusação do Ministério Público (MP) denuncia uma eventual tentativa de os Super Dragões «criarem um clima de intimidação e medo» numa Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve vários incidentes e agressões, para que fosse aprovada uma revisão estatutária «do interesse da direção» do clube, então liderado por Pinto da Costa.

Fernando Madureira é o único arguido em prisão preventiva, enquanto os restantes oito foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, apelidado de 'Polaco' e igualmente com ligações à claque.