No próximo domingo, a cidade do Porto vai acolher um evento mediaticamente relevante, com a apresentação do livro de Pinto da Costa, intitulado «Azul até ao fim». Só aí - com o acesso total à obra - poderemos fazer a avaliação final deste exercício de escrita - e de ajuste de contas - do ex-presidente dos dragões. No entanto, os excertos que foram sendo conhecidos esta semana já deixam antever que poucos poderão estar descansados.
Depois de 42 anos no poder, já tínhamos reparado que Pinto da Costa não tem uma boa relação com a derrota. A última das quais foi categórica, nas eleições, e nem antes nem depois delas se viu uma reação ou saída honrosa. Daí que não seja surpreendente que a atual direção do FC Porto, ou quem teve a audácia de a apoiar, ou ainda quem continuou a trabalhar em prol do clube mesmo trocando de chefe não estejam na lista de presenças permitidas no seu funeral. Só o ex-presidente terá o direito de a fazer, é certo, e com os critérios e valores que bem entender, mas também basta olhar para ela para retirar algumas conclusões.