Arguidos enfrentam acusações de crimes alegadamente cometidos em Assembleia Geral do FC Porto
O julgamento da chamada «Operação Pretoriano», um processo que tem como arguidos Fernando Madureira, ex-líder dos Super Dragões, Sandra Madureira, Vítor Catão e mais nove arguidos, arranca esta sexta-feira no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto. Os arguidos são acusados de crimes alegadamente cometidos durante uma Assembleia Geral do FC Porto.
De acordo com um despacho a que a agência Lusa teve acesso, os interrogatórios de Fernando Madureira e da sua mulher, Sandra Madureira, estão agendados para esta sexta-feira, 18 de outubro, a partir das 09h30. Na sexta-feira seguinte, 25 de outubro, a partir da mesma hora, serão ouvidos os arguidos Carlos Nunes, José Pedro Pereira e Fernando Saúl, antigo funcionário do FC Porto.
Acusação de «criar um clima de intimidação e medo» em Assembleia Geral
Este processo está relacionado com uma alegada tentativa da claque Super Dragões «criar um clima de intimidação e medo» na Assembleia Geral do FC Porto, realizada a 13 de novembro de 2023, na qual terão ocorrido vários incidentes e agressões, com o objetivo de que fosse aprovada a revisão estatutária, «do interesse da direção» azul e branca, então liderada pelo ex-presidente do clube Pinto da Costa, sustenta a acusação do Ministério Público (MP).
Além de Fernando Madureira, que permanece em prisão preventiva, Sandra Madureira e Vítor Catão, os outros arguidos, entre os quais Hugo 'Polaco' e Fernando Saúl, estão acusados de sete crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, 19 de coação e ameaça agravada, um de instigação pública a um crime, um de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação. O arguido Hugo Loureiro está também acusado de detenção de arma proibida.
O MP requer penas acessórias de interdição de entrar em recintos desportivos entre um e cinco anos para os arguidos. O FC Porto e a SAD constituíram-se assistentes do processo.