A noite em que Mourinho bloqueou Guardiola

  1. Com 96 mil espectadores nas bancadas, Camp Nou assistiu a esta partida
  2. O Barcelona era o campeão da Europa em título, enquanto o Inter não marcava presença na final da Liga dos Campeões desde 1972
  3. Thiago Motta foi expulso aos 28 minutos por duplo amarelo

Com 96 mil espectadores nas bancadas, o Camp Nou assistiu, a 28 de abril de 2010, a uma das mais mediáticas demonstrações do que é defender a todo o custo a própria baliza, num Barcelona-Inter a contar para a segunda-mão da meia-final da Liga dos Campeões.

O Inter havia batido o Barcelona por 3-1 oito dias antes, no Giuseppe Meazza. Vantagem interessante para os italianos, mesmo sabendo que a segunda-mão, com o Barça a contar com jogadores como Messi, Henry, Ibrahimovic ou Xavi, seria dificílima para os nerazzurri. Além disso, o Barcelona era o campeão europeu em título, enquanto o Inter não marcava presença na final da Liga dos Campeões desde 1972.

A estratégia defensiva de Mourinho

Orientado por Pep Guardiola, o Barcelona entrou em Camp Nou com o seu clássico 3-5-2. Já os milaneses, com José Mourinho no banco, começaram com um 5-3-2 claramente defensivo.

A vantagem de dois golos trazida de Milão ajudava a perceber a estratégia iminentemente defensiva de Mourinho em Camp Nou. Até porque chegar ao 2-0 não seria missão impossível para um Barcelona que, nessa temporada, goleara diversos adversários.

A expulsão de Thiago Motta logo aos 28 minutos, por duplo amarelo, potenciou ainda mais a tendência defensiva do Inter. Zanetti, Maicon, Lúcio, Samuel, Chivu, Cambiasso e Sneijder fecharam-se em torno da grande área, transformando o 5-3-2 inicial numa espécie de 6-3-0.

O bloqueio do Barcelona

O Barcelona empurrou o Inter bem para trás, mas não teve arte para superar o muro nerazzurro. Os catalães sentiram a ausência de Messi, que exagerou em jogar na zona central, não tirando partido da sua explosão para fazer as diagonais dos flancos.

As entradas de Maxwell e Bojan ao intervalo aumentaram as soluções ofensivas do Barcelona, o qual continuou a dominar sem, todavia, criar situações de perigo. O único golo do jogo foi marcado por Piqué aos 84 minutos, mas não chegou para evitar que o Inter seguisse para a final.

As reações

José Mourinho elogiou a sua «equipa de heróis», que «deixou o seu sangue em campo». Para Pep Guardiola, «quando nove jogadores defendem dentro da área adversária não é fácil» e «atacar parece muito mais difícil do que defender».

A imprensa italiana teceu rasgados elogios a Mourinho, com a Gazzetta dello Sport a comparar o treinador a Helenio Herrera. Já a imprensa inglesa foi mais crítica, com o The Times a falar em «truques sujos» e o The Sun a dizer que houve «zero futebol» por parte do Inter.

O caminho até à final

O Inter venceria depois o Bayern Munique por 2-0 na final de Madrid, conquistando a sua primeira Liga dos Campeões desde 1972. Era o tempo de Il Speciale.

A importância da vitória

A vitória do Inter sobre o Barcelona, então a melhor equipa do mundo, foi vista como uma verdadeira masterclass táctica de Mourinho. O jogo dos italianos não teve ponta de futebol artístico ou ofensivo, mas teve rigor e competência do mais alto nível.

A Marca, próxima do Real Madrid, admitia que Mourinho ganhara pontos para ser o próximo treinador do colosso madrileno. O triunfo sobre o «bicho-papão» dos merengues fortaleceu a imagem de Mourinho como um dos maiores estrategas do futebol.

Bruno Fernandes brilha na vitória do Manchester United sobre o Leicester

  1. Bruno Fernandes marcou o primeiro golo da vitória do Manchester United sobre o Leicester
  2. O golo de Fernandes inicialmente foi considerado um autogolo, devido a ter tocado no defesa do Leicester
  3. Alejandro Garnacho marcou o segundo golo da equipa, mas não celebrou devido a achar que perdeu a confiança de alguns adeptos
  4. Bruno Fernandes fez a assistência para o terceiro golo, marcado por Casemiro

Bacher surpreende com estreia a titular no Estoril

  1. Bacher, de 24 anos, fez a sua estreia absoluta na Liga
  2. Tido como o candidato mais provável a render Pedro Álvaro, Ismael Sierra acabou por ver o lugar ser entregue a Bacher
  3. Ian Cathro elogiou a serenidade e a contribuição ativa de Bacher para manter a baliza a salvo
  4. Cathro terá uma difícil opção a tomar com o regresso de Pedro Álvaro e a boa estreia de Bacher

Alberth Elis relembra o dia em que acordou do coma após lesão grave

  1. Alberth Elis sofreu um traumatismo craniano grave em jogo entre Bordéus e Guingamp
  2. Elis acordou do coma sem se lembrar de ser jogador de futebol ou estar em França
  3. Jogador precisou de reabilitação para recuperar capacidades como fala e escrita
  4. Com falência do Bordéus, Elis ficou sem clube mas mantém-se otimista em relação ao futuro