Chegar à sétima jornada do campeonato abaixo do primeiro lugar não é nada a que o FC Porto não esteja habituado desde 2017/18, mas a melhoria de rendimento em comparação com o da última época no mesmo período é cristalina e transversal aos vários parâmetros refletidos na classificação.
Melhoria nos números
No mais importante, o dos pontos, os azuis e brancos contam agora 18, suficientes para ocuparem o segundo lugar, quando em 2023/24 tinham 16 e fechavam o pódio. Em ambos os casos atingiram esta fase da competição já com um clássico perdido, ambos em Lisboa, mas frente a adversários diferentes: em 2024/25 com o Sporting e na época passada com o Benfica. Só na temporada de estreia de Conceição somavam mais pontos do que na atualidade. Eram 21, mas nas primeiras sete rondas não mediram forças com nenhum dos tradicionais rivais diretos.
Ataque e Defesa
O ataque perdeu dois pilares, Evanilson e Taremi, mas a entrada de Samu contribuiu para que os dragões cheguem à sétima jornada com 16 golos marcados, quando em 2023/24 só tinham introduzido a bola na baliza dos adversários em dez ocasiões. Refira-se, no entanto, que essa produção foi mais uma exceção do que a regra desde 2017/18, de novo a temporada de referência nesta década. A equipa que tinha Sérgio Conceição como treinador, Vítor Bruno como adjunto e Marega, Soares e Aboubakar como os homens-golo contabilizava 19 no período em análise, mais um do que a equipa de 2019/20.
Do outro lado do campo verificaram-se mais mudanças, como as contratações de Nehuén Pérez e Francisco Moura, mas a estatística é igualmente animadora para Vítor Bruno. Neste caso, os três golos sofridos em sete jogos representam mesmo o melhor rendimento dos azuis e brancos na última década… a par de 2017/18. Muitos dos conceitos de 2023/24 passaram para esta temporada, mas a verdade é que na atual os dragões foram capazes de cortar para metade a quantidade de vezes que foram buscar a bola dentro da própria baliza em relação ao passado recente (seis).
Desempenho defensivo
O jogo com o Arouca foi o segundo nesta edição do campeonato em que Diogo Costa não teve de sujar as luvas para travar um remate. Tal como já acontecera com o Rio Ave, os arouquenses não conseguiram atirar por nenhuma vez na direção da baliza dos azuis e brancos. O facto de ambos terem tido um homem expulso aos 43 minutos não ajudou, mas os arouquenses ainda foram capazes de efetuar quatro disparos (para fora), enquanto os vila-condenses terminaram com zero.