Desde que André Villas-Boas assumiu a presidência do FC Porto, a equipa portista tem sido envolvida numa estatística notável - em 11 jogos do campeonato, os adversários terminaram em oito partidas com jogadores expulsos, enquanto apenas em três encontros os adversários mantiveram a igualdade numérica.
Esta situação não passou despercebida e tem sido alvo de críticas por parte de figuras do futebol português. Paulo Andrade, antigo dirigente do Sporting, considera esta uma «realmente uma situação tão anormal que até já foi notícia no estrangeiro».
Explicações para as expulsões
O sportinguista Paulo Andrade encontra uma explicação para o elevado número de expulsões de jogadores adversários: «Ficaram raízes na passagem pelo FC Porto do mergulhador de serviço», disse, sem concretizar a quem se referia.
Andrade criticou também a «facilidade» com que alguns jogadores do FC Porto, como o jovem Vasco Sousa, caem ao «mais pequeno toque», lamentando que os árbitros não mostrem cartões a esses jogadores. O antigo dirigente do Sporting apontou ainda o dedo à «impunidade de Varela e Nico González», considerando que é «curioso» assistir a essa situação em paralelo com as expulsões de adversários.
Situação além fronteiras
Esta não é uma situação exclusiva do campeonato português. Recentemente, na estreia do FC Porto na Liga Europa, a equipa portista terminou o jogo diante do FK Bodø/Glimt com mais um jogador em campo, após a expulsão de um adversário. No entanto, os portistas não conseguiram vencer a equipa norueguesa.
O benfiquista Mauro Xavier já havia abordado esta questão das expulsões de adversários do FC Porto, numa altura em que as mesmas se sucediam, mesmo contando com jogos da época passada.
Perante este cenário, levantam-se questões sobre a imparcialidade da arbitragem nos jogos do FC Porto, com alguns observadores a considerarem que existe uma tendência favorável aos dragões neste aspeto. A situação merece, sem dúvida, uma análise mais aprofundada por parte das entidades competentes.