Sete anos no FC Porto moldaram o talento de Diogo Costa, o herói da seleção portuguesa na vitória sobre a Eslovénia. Diamantino Figueiredo, o treinador de guarda-redes, elogia a determinação e o foco em eliminar o erro que caracterizam o jovem internacional.
«Antes de mais realçar que não foi apenas o meu trabalho, mas também o de Vedran Runje nos últimos três anos no FC Porto. Apanho o Diogo Costa com 18 anos, mas acho também importante sublinhar esse trabalho em conjunto», começou por dizer Diamantino Figueiredo.
Defesa de penáltis: Instinto e confiança
Quanto à defesa dos três penáltis por Diogo Costa na partida contra a Eslovénia, o treinador de guarda-redes explicou que «claramente foi o instinto». «Nós analisamos os penáltis e, tanto eu como o Vedran fomos guarda-redes, vivemos situações iguais e podemos passar essa experiência. Mas no fim quem toma a decisão é o guarda-redes.
Sobre a capacidade de Diogo Costa em defender penáltis, Diamantino Figueiredo salientou que «não é um acaso, claro que não, tem tudo a ver com a postura dele, os nervos de aço que faz com quem vai bater o penálti sinta ainda mais essa responsabilidade. O Diogo tem essa capacidade de pôr dúvidas no batedor, viu-se isso com a Eslovénia.»
Trabalho desenvolvido no FC Porto
Sobre o trabalho desenvolvido com Diogo Costa ao longo dos sete anos no FC Porto, o treinador de guarda-redes salientou que «foram sete anos de um trabalho de base, uma grande preparação para chegar a este nível e estar entre os melhores do Mundo». «No FC Porto já atuava na Taça da Liga, Taça de Portugal, ia à Champions connosco como terceiro guarda-redes e jogava a Youth League. Houve essa preparação e depois a decisão do Sérgio Conceição, em sintonia comigo, de não ir buscar ninguém. Tínhamos confiança nele, a exigência que mete nele próprio é elevadíssima.»
Diogo Costa, um guarda-redes perfeccionista
Diamantino Figueiredo considera Diogo Costa um «perfeccionista», revelando que «quando comete um erro não descansa enquanto não o corrigir». O treinador de guarda-redes destacou ainda a importância de Cláudio Ramos neste processo, afirmando que «o Cláudio em todos os momentos em que foi chamado deu boas respostas. Não o deixou confortável.»
Cláusula de 75 milhões
Sobre a possibilidade de um clube pagar a cláusula de 75 milhões de euros de Diogo Costa, Diamantino Figueiredo foi perentório: «Estando algum dos grandes clubes mundiais a precisar de um guarda-redes que é titular no FC Porto.... Eu não me importava de pagar €60 ou €75 milhões. Tem 24 anos, têm ali guarda-redes para 10 anos! E a jogar com os pés são poucos como ele.»