O FC Porto atravessa momentos difíceis a nível financeiro, alguns deles provenientes da antiga administração liderada por Pinto da Costa. Neste contexto, o conhecido portista Miguel Sousa Tavares aconselhou o atual presidente do clube, André Villas-Boas, a não ter medo de «rasgar contratos» e denunciar compromissos feitos de «má-fé» e em prejuízo do FC Porto.
Recomendações de Miguel Sousa Tavares
«De um modo geral, o que recomendaria a André Villas-Boas e à sua equipa é que não tenham medo de rasgar contratos e denunciar compromissos feitos de má-fé e em prejuízo do clube e de mandar os falsos amigos para tribunal, depois de os expor publicamente perante os portistas», afirmou Sousa Tavares em declarações ao jornal Record.
O escritor lamentou o «silêncio cúmplice de tantos» que ele próprio respeitava e que, «estando muito mais por dentro do que se passava do que eu, vendo e sabendo o que estava a acontecer, ficaram até ao fim, solidários e coniventes com a destruição de um clube de todos em benefício pessoal de uns poucos». «Não me venham dizer que não sabiam. Ou que sabendo, não achavam que fosse determinante. 8.000 euros - oito mil euros -, senhores!», rematou Sousa Tavares, referindo-se a uma situação específica que terá lesado o clube.
Situações herdadas da anterior administração
Pinto da Costa saiu do FC Porto após 42 anos de liderança, mas há situações que se arrastam da anterior administração, como as verbas que Vítor Baía, ex-vice-presidente e antigo administrador, diz ter para receber relativo aos tempos em que desempenhou funções no clube. Baía, tal como outros ex-administradores e ex-vice-presidentes, entregou os cartões de acesso à administração azul e branca, com exceção de Pinto da Costa, que mantém um gabinete no Dragão como presidente honorário.
Dado que o FC Porto enfrenta vários problemas financeiros, desde há vários anos, há quem defenda que «vai acontecer ao FC Porto o que aconteceu ao Sporting de Varandas». Neste sentido, Sousa Tavares insiste que a nova direção liderada por Villas-Boas não deve ter medo de «rasgar contratos» e denunciar situações lesivas para o clube.