Quando André Villas-Boas assumiu o comando técnico do FC Porto, deparou-se com um cenário caótico nas contas do clube. De acordo com o próprio, quando se apercebeu que nas contas da SAD e do clube havia somente oito mil euros, ficou em transe, mas também já augurava algo parecido.
O novo presidente portista, Pinto da Costa, prometeu agir em conformidade e ser implacável com todos aqueles que lesaram o clube em benefício próprio, após os resultados das auditorias forenses que se vão iniciar no próximo mês. Não terá contemplações com quem ajudou a que houvesse um buraco incomensurável de milhões de euros e certamente não terá pejo em revelar os seus nomes na praça pública, não apenas para corarem de vergonha, mas também para responderem judicialmente perante as ilegalidades cometidas ao longo, sobretudo, da última década, afirmou Pinto da Costa.
A herança de Villas-Boas
Villas-Boas e sua equipa técnica encontraram dívidas em catadupa, fornecedores a baterem à porta todos os dias, incumprimento com clubes, empresários, enfim, um sem-número de ilícitos na SAD cessante. Segundo o texto, fazendo das tripas coração, e em muitas situações recorrendo mesmo à sua conta bancária, André Villas-Boas olha o futuro com perseverança, sempre sustentado numa equipa jurídica e económica bastante forte.
O CFO Pereira da Costa ganhou mais cabelos brancos nas últimas semanas do que alguma vez teve na vida, com os problemas que urgem ultrapassar, como se um dia tivesse 48 horas. Isto acontece num carrossel de emoções — más, entenda-se — que vive quem tentar concertar erros de monta do passado.
O futuro incerto
Outro desafio prende-se com a saída do treinador Sérgio Conceição, que não foi nada pacífica, e as cláusulas colocadas no contrato de Francisco, filho de Conceição, que são igualmente preocupantes. Segundo o texto, um dragão em labaredas. Literalmente....