Apesar de já não estar vinculado ao FC Porto, Mário Silva mantém-se a par de tudo o que está a acontecer no universo azul e branco. O treinador não se escusou a comentar o polémico caso entre Vítor Bruno e Sérgio Conceição, bem como a mudança de ciclo que se verificou a nível de presidência.
Novo presidente, novos desafios
A vida é feita de ciclos, não é? O futebol também é feito de ciclos. Não podemos nunca esquecer as pessoas que estiveram na liderança do clube até agora, aquilo que, em termos desportivos, deram ao clube e ao futebol português também. afirmou Mário Silva. O técnico considera que o FC Porto «cresceu imenso, tornou-se um grande clube a nível mundial» durante a longa presidência de Pinto da Costa.
Agora, com a nova administração e o novo presidente, Mário Silva espera que seja «o continuar de um sucesso, que possam, dentro daquilo que forem as ideias que têm para o clube, fazer com que o clube continue a ganhar, continue a ter sucesso, que a formação continue a ser valorizada, porque acho que é importante nós, enquanto treinadores, apostarmos em jovens valores.»
Separações entre treinador e adjuntos
Falando sobre as separações entre treinador principal e adjuntos, Mário Silva referiu que «Muitas das vezes é difícil conseguir fixar uma equipa técnica connosco, porque todos temos vida, todos temos diferentes condições de vida». O técnico pede apenas que, enquanto trabalham consigo, os seus adjuntos «sejam fiéis, que trabalhem e que deem o máximo, numa exigência grande.»
Mário Silva admite que, ao longo da sua carreira, «fui perdendo um ou outro elemento de equipa técnica, porque tiveram outros convites, porque, ao mesmo tempo, tiveram que seguir diferentes caminhos de vida». No entanto, o treinador diz que «não posso prender ninguém a mim», realçando que sempre teve como objetivo ser treinador principal, mesmo quando começou como adjunto no FC Porto.
Ambição por novos desafios
Quanto ao seu futuro, Mário Silva assume que não tem nada fechado, mas que «gostava muito de experienciar novos contextos fora» de Portugal. O técnico reconhece que «existem outras ligas que não são tão grandes e que nos podem enriquecer muito enquanto treinadores», dando o exemplo do sucesso de Abel Ferreira no estrangeiro.
Gostava no futuro de abraçar desafios fora e poder, com o meu trabalho e com a sorte que também é preciso ter, abrir portas para outros colegas, concluiu Mário Silva, em declarações prestadas à margem do VI Fórum da Quarentena da Bola.