Numa operação batizada como "Bilhete Dourado", a Polícia de Segurança Pública (PSP) do Porto apreendeu cerca de 3 mil bilhetes de jogos do FC Porto que, alegadamente, seriam vendidos de forma ilegal. Em publicação nas redes sociais, a PSP mostrou imagens destes bilhetes apreendidos.
A operação resultou em «14 buscas domiciliárias e 4 não domiciliárias» e na apreensão de milhares de bilhetes e de euros, assim como na constituição de 13 arguidos. Em causa, estão os crimes de «distribuição e venda de títulos de ingresso falsos ou irregulares, assim como o crime de abuso de confiança qualificado».
Esquema criminoso envolvendo funcionários do FC Porto e membros dos Super Dragões
Suspeita-se que membros da família de Fernando Madureira, líder da claque dos Super Dragões, estivessem envolvidos neste esquema. Fruto desta operação, os membros da claque não marcaram presença no jogo do FC Porto com o Boavista, este domingo, para a penúltima jornada da Liga.
O Ministério Público suspeita de conluio entre funcionários ligados ao FC Porto e uma empresa associada e membros dos Super Dragões na aquisição de bilhetes para jogos de futebol depois vendidos no 'mercado negro', que levaram às buscas realizadas no domingo.
Apreensão de milhares de bilhetes e 44.400 euros
A operação da Divisão de Investigação Criminar da PSP, com o apoio da Unidade Especial de Policia (UEP), resultou ainda na apreensão da quantia de 44.400 euros, diversa documentação relacionada com os ilícitos em causa, material informático e de telecomunicações e um artefacto pirotécnico, vulgo tocha.
A operação "Bilhete Dourado" teve origem em certidão extraída do inquérito que levou à operação "Pretoriano", e que visou a execução de 14 mandados de busca domiciliária e quatro mandados de busca não domiciliária.
