Sem surpresa, os Super Dragões - claque do FC Porto - não marcaram presença no dérbi da Invicta, entre azuis e brancos e axadrezados, e os adeptos afetos à claque portista foram mesmo um dos principais focos de atenção do dia: antes e durante o jogo.
Durante a hora do jogo, a maior claque dos dragões apresentou-se nas imediações do estádio numa demonstração de apoio à equipa do FC Porto apesar do silêncio até ao minuto 12. Na bancada normalmente destinada à claque azul e branca permaneceram um número reduzido de pessoas que foram entrando ao longo da partida.
Operação policial e detenções
As razões por de trás deste protesto derivam das detenções deste domingo, sendo que, o FC Porto foi alvo de buscas pela venda de bilhetes no seio da claque dos azuis e brancos. As buscas, diga-se, tiveram como resultado 11 arguidos, entre eles, funcionários da Porto Comercial e outros funcionários do FC Porto.
Em causa, «atividade ilícita e altamente rentável» na venda de bilhetes para os jogos do FC Porto por parte da claque, através do líder Fernando Madureira (que foi detido na sequência da Operação Pretoriano). A ligação entre o líder da claque e os responsáveis pela emissão dos bilhetes permitiu a Fernando Madureira receber os bilhetes e reter o dinheiro feito pela venda dos mesmos. O Ministério Público realçou também a continuação do negócio, apesar da detenção de Macaco através da sua cônjuge Sandra Madureira e da sua filha Catarina.
Comunicado dos Super Dragões
De destacar que, entre os ingressos transacionados no mercado negro pela família Madureira, estariam bilhetes destinados aos «recursos humanos», «relações públicas» ou os «sócios atletas».
No final de contas, as buscas resultaram na apreensão de milhares de bilhetes e de uma quantia elevada de dinheiro.
Os Super Dragões reagiram durante a tarde deste domingo, em comunicado, às apreensões e lamentaram por culminar na «primeira vez na história que a bancada não estará preenchida».