O candidato à presidência do FC Porto, André Villas-Boas, voltou a abordar as diferenças entre as propostas para as Academias na Maia e no Olival durante um encontro com adeptos nos Açores. Villas-Boas enfatizou que as divergências vão além das academias, destacando a importância de considerar a situação financeira atual do clube. Ele afirmou: «Não são apenas as academias que são a diferença entre as candidaturas. E nós temos que ir muito para além da discussão da academia para que ela não se torne apenas a razão premente entre as candidaturas».

Proximidade entre Formação e Equipa Principal

O candidato também mencionou a importância da proximidade entre a formação e a equipa principal, defendendo a unidade no projeto. Ele explicou: «Para nós faz sentido que a formação esteja próxima da equipa principal. Acresce que, se nós construirmos condições ótimas para as equipas profissionais do FC Porto e também para os profissionais das modalidades, conseguimos que a equipa principal tenha infraestruturas de topo que vão ao encontro do que são as necessidades atuais no futebol moderno».

Renovação das Infraestruturas

Villas-Boas ressaltou a necessidade de renovação das infraestruturas do clube, mencionando a construção de novas instalações no Olival. Ele afirmou: «O Olival já tem 20 anos da sua construção. Portanto, a equipa precisa de novas instalações. Novas infraestruturas. E daí que nós tenhamos optado por uma coisa totalmente diferente».

Abordagem à Questão do Ciclismo

Além disso, o candidato anunciou que o Diretor de Desporto será apresentado no sábado, e abordou a questão do ciclismo, afirmando: «Não temos intenção de voltar tão cedo. Iremos deixar dissipar tudo o que se passou recentemente com a W52 e o FC Porto, também tudo o que se passa em torno à modalidade e, mais tarde, pensar no seu regresso, se assim for».

Preocupação com a Arbitragem e Competitividade

Em relação à arbitragem, Villas-Boas expressou preocupação com os erros que têm prejudicado o FC Porto. Ele declarou: «Custa viver um FC Porto que é permanentemente prejudicado de uma forma tão óbvia, principalmente num ano como este. O futebol português precisa de se tornar credível e, neste momento, com as coisas que estão a acontecer, não é credível, porque os erros são gritantes e são cada vez mais evidentes».

Sobre a competitividade do clube, Villas-Boas destacou a importância de reencontrar o caminho dos títulos. Ele afirmou: «Temos uma obrigação de nos reencontrar com os títulos, de criar equipas competitivas, de estar próximos com as instituições que governam o futebol português, de marcar posição de forma clara, de demonstrar a força do FC Porto, mas também de sermos competitivos e de sermos campeões, porque a este nível não podemos estar».

Positionamento da Direção e Comunicação Institucional

Em relação às medidas tomadas pela Direção do clube, o candidato expressou preocupação com a venda de parte da Porto Comercial a uma empresa americana. Ele destacou: «Todas estas decisões custam-nos muito, porque víamos abril de 2024 e esta equipa que estávamos a montar com um potencial de crescimento comercial muito maior, se fôssemos detentores desses 100%».

Villas-Boas concluiu reforçando a importância de uma direção desportiva forte e da comunicação eficaz do clube perante as instituições. Ele ressaltou a necessidade de marcar posição e defender os interesses do FC Porto. O candidato destacou a importância de reformatar o cenário da formação e de criar um ambiente propício ao sucesso desportivo do clube.