Na sua coluna no Expresso, Henrique Raposo lançou duras acusações contra o FC Porto e algumas de suas figuras mais proeminentes. Segundo o autor, o clube azul e branco seria responsável por uma 'cultura de ódio' e 'legitimação da agressão'. No entanto, a resposta do FC Porto não tardou a chegar e foi veemente em refutar tais afirmações.
Para o clube, as acusações de Henrique Raposo são 'indecentes' e 'vigaristas'. Em comunicado, o FC Porto destacou a falta de imparcialidade do autor, que é conhecido adepto do Benfica, principal rival do clube nortenho. Além disso, o clube questionou o porquê de Raposo não associar uma 'cultura de ódio' aos diversos incidentes envolvendo claques do Benfica.
O comunicado do FC Porto relembra casos de violência associados ao Benfica, como o assassinato de Marco Ficini, a violação de um jovem de 16 anos por membros de uma claque, a agressão de um treinador a um polícia e o apedrejamento de adeptos ao próprio autocarro do Benfica. Para o clube, o histórico de violência do rival é muito mais longo e inclui até mesmo um homicídio e agressões que deixaram um atleta adversário em coma.
Deste modo, o FC Porto questiona a suposta 'cultura de ódio' atribuída ao clube, sugerindo que, se existir tal cultura, o Benfica também estaria incluído. A resposta do clube azul e branco é contundente ao afirmar que 'só com muito ódio e muita desonestidade se pode considerar que a exibição da camisola do FC Porto por Pepe e o episódio da expulsão de Sérgio Conceição são mais graves do que assassinatos, violações e agressões bárbaras praticados por grupos ilegais sustentados pelo Benfica'.
A polémica gerada pelas acusações de Henrique Raposo mostra como o futebol português é um ambiente propício para rivalidades acirradas e discussões acaloradas. No entanto, é importante destacar que o respeito e a honestidade devem guiar qualquer debate, evitando generalizações e acusações infundadas.