Eleições Legislativas em Portugal: Aliança Democrática Vitoriosa com 79 Deputados

  1. Aliança Democrática conquista 79 deputados
  2. PS fica com 77 deputados
  3. Chega passa de 12 para 48 deputados
  4. Abstenção atinge 33,8%

 

A Aliança Democrática, coligação dos partidos PSD, CDS e PPM, saiu vitoriosa das eleições legislativas em Portugal, conquistando 79 deputados, apenas dois a mais do que o PS. A margem apertada deixa dúvidas sobre a governabilidade, especialmente devido às votações nos consulados que ainda podem alterar o panorama político. A subida exponencial do partido Chega, que passou de 12 para 48 deputados, também contribui para a incerteza sobre a formação do Governo.


Luís Montenegro, líder do PSD e da Aliança Democrática, declarou vitória nas eleições e expressou a sua esperança de ser convidado pelo Presidente da República para formar Governo. No entanto, Montenegro reafirmou o compromisso de não formar Governo com o Chega, o que poderá complicar o processo de governação. Por sua vez, Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, reconheceu a vitória da AD e afirmou que o partido liderará a oposição, descartando a possibilidade de viabilizar um Governo da AD.

Reações dos Partidos Políticos


O líder do Chega, André Ventura, destacou o fim da maioria de esquerda no Parlamento e mostrou disponibilidade para uma possível colaboração com o PSD na formação do Governo. Ventura enfatizou a importância de uma «maioria clara» na Assembleia da República. A Iniciativa Liberal, o Bloco de Esquerda, a CDU e o Livre também reagiram aos resultados eleitorais, cada um expressando a sua posição e estratégia política para o futuro. O PAN manteve a sua representação na Assembleia da República, com Inês Sousa Real a permanecer como líder do partido.


A AD obteve 29,5% dos votos, elegendo 79 deputados, enquanto o PS conquistou 28,7% dos votos e 77 deputados. O Chega foi a terceira força política mais votada, com 18,1% dos votos e 48 deputados. A abstenção foi de 33,8%. Os resultados dos círculos eleitorais da emigração ainda estão por conhecer, o que poderá influenciar o cenário político final.

Em relação à formação de Governo, a incerteza paira sobre a possibilidade de uma aliança entre a AD e o Chega, o que poderia ser um obstáculo à estabilidade governativa. Com a liderança da AD nas eleições, o futuro político de Portugal permanece incerto e sujeito a negociações e acordos entre os diferentes partidos. A democracia portuguesa enfrenta um desafio complexo na busca por uma solução governativa viável e estável.